domingo, 3 de outubro de 2010

Gravado Para Sempre

Eis que nas palmas das Minhas mãos te gravei. Isaías 49:16


Dois amigos estavam caminhando pelo deserto. Em determinado momento eles começaram a discutir e um deles deu um tapa no rosto do outro. Sem dizer uma palavra, o que levou o tapa se abaixou e escreveu na areia: “Hoje o meu melhor amigo me bateu na face.”


Os dois continuaram a viagem e, ao chegarem a um oásis, decidiram se banhar num tanque próximo. O que havia sido agredido afundou tanto que começou a se afogar, mas o seu amigo o salvou. Depois de descansar um pouco, ele encontrou uma superfície rochosa perto do oásis. E ali ele esculpiu as palavras: “Hoje meu melhor amigo salvou-me a vida.”


O outro então lhe disse: “Quando eu o agredi, você escreveu na areia. Mas quando eu o salvei, você gravou na rocha. Por quê?” O amigo respondeu: “Quando alguém nos fere, devemos escrever a ofensa na areia, para que os ventos do perdão apaguem essa lembrança. Mas quando alguém nos faz o bem, devemos registrar isso em pedra, para que o vento nunca consiga apagá-lo.”


Em 1971, ao viajar pela Ásia, tive o privilégio de visitar a famosa inscrição de Behistun, no Irã. Eu já havia visitado templos, museus, ruínas e monumentos. Mas a inscrição de Behistun impressionou-me mais do que qualquer outra coisa. Não podia haver dúvida de sua autenticidade. A inscrição, que servira de base para a decifração da escrita cuneiforme, estava ali, intacta, havia 2.500 anos, desafiando o vento, o sol, a chuva e o passar do tempo. Ela havia sido gravada a cem metros de altura, numa rocha, por Dario I.


Isto nos faz lembrar que no Sinai, Deus deu a Moisés a Sua Santa Lei, escrita com Seu próprio dedo em duas tábuas de pedra, indicando que ela deveria resistir ao tempo.


Entretanto, quando os escribas e fariseus trouxeram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, Ele Se inclinou e escreveu na terra. Ao verem o que estava escrito, foram todos saindo de fininho, pois “ali, traçados perante eles, achavam-se os criminosos segredos de sua própria vida” (O Desejado de Todas as Nações p. 461). O que foi escrito certamente não merecia ser gravado em pedra, e logo foi pisado pelos transeuntes do Templo e apagado. De igual modo, Deus promete lançar nossos pecados nas profundezas do mar (Mq 7:19), para que sejam esquecidos.


O preço do pecado, porém, ficará gravado por toda a eternidade nas mãos e pés de Jesus, sendo um perpétuo lembrete de Seu amor pela humanidade.

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