terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quando o Primeiro Amor Esfria

Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Apocalipse 2:4


Éfeso era a capital da Ásia Menor e um importante centro comercial, cultural e religioso nos dias de João. Paulo trabalhou nessa cidade por três anos, sendo que durante dois anos ele pregou diariamente a Palavra em um salão alugado. Como resultado de seus esforços missionários “uma florescente igreja foi estabelecida ali, e desta cidade o evangelho se espalhou através da província da Ásia” (Atos dos Apóstolos, p. 291).


Entretanto, algum tempo depois o primeiro amor dos efésios por seu Salvador e uns pelos outros havia esfriado, talvez devido a controvérsias provocadas pelos falsos mestres. “Além disso, quando aqueles que haviam se associado pessoalmente com Jesus morreram, cessando de dar o seu testemunho, e a visão da iminência da volta de Cristo começou a desvanecer-se, a chama da fé e da devoção diminuiu cada vez mais” (SDA Bible Commentary, v. 7, p. 744).


Em sua carta aos crentes efésios (Ap 2:1-7) Jesus lhes faz alguns elogios e, então, os reprova com as seguintes palavras: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.”


É provável que esta expressão se refira mais à qualidade do amor do que a sua fase. Quando um marido dá prioridade aos amigos, esportes, televisão, em vez da companhia da esposa, embora a ame e lhe seja fiel, isso indica que ele perdeu seu primeiro amor por ela.


Assim também, quando nossos interesses vêm antes do amor a Deus, isso é um sintoma de que perdemos nosso primeiro amor por Ele.

Mas Deus deseja que Lhe dediquemos um amor não dividido (Mt 22:37, Lc 14:33), o nosso primeiro amor, que é o melhor.

Qual o remédio? “Arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2:5).


Parece, porém, que os efésios não se arrependeram, não voltaram ao primeiro amor, e a ameaça de Jesus se cumpriu. A igreja de Éfeso desapareceu. E, no lugar em que antes brilhava a luz do evangelho de Cristo, hoje é proclamado um “outro evangelho”.


Não abandonemos nosso primeiro amor por Cristo. Mas demos a Ele o lugar de honra em nossa vida.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Perfeitos Como Deus

Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Mateus 5:48


Muito cristão já abanou a cabeça em perplexidade ao ler estas palavras de Cristo. À primeira vista parece que Ele está pedindo de nós, falíveis seres humanos, algo impossível, já que “não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Sl 14:3, Rm 3:12).


É preciso notar, porém, que neste trecho do Sermão do Monte, Jesus está falando do amor ao próximo. E o que tem a ver o amor ao próximo com a perfeição semelhante à de Deus? Vejamos:


William Barclay explica que a palavra grega para perfeito é teleios, que dá a ideia de perfeição funcional. “Uma coisa é perfeita se cumpre o propósito para o qual foi criada.” Exemplo: Suponhamos que em minha casa haja um parafuso frouxo e eu queira apertá-lo. Eu apanho uma chave de fenda do tamanho certo, coloco-a na fenda do parafuso e noto que ela se ajusta perfeitamente. Então viro a chave de fenda até o parafuso ficar apertado. No sentido grego, essa chave de fenda é perfeita, porque cumpriu exatamente o propósito para o qual foi criada.


Assim também o homem será perfeito se ele cumprir o propósito para o qual foi criado. E qual é esse propósito? No relato da criação, encontramos Deus dizendo: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança’ (Gn 1:26). Aí está: o homem foi criado para ser semelhante a Deus. E a maior característica de Deus é amar tanto os bons como os maus, tanto os justos como os injustos (Mt 5:45).


E quando o homem reproduz em sua vida esse amor incansável e perdoador de Deus, ele se torna perfeito no sentido neotestamentário da palavra. Dizendo isto em outras palavras, o homem que mais se interessa pelo próximo é o homem mais perfeito.


Se há uma coisa que nos torna semelhantes a Deus esta é o amor que nunca deixa de se importar com os outros, sejam eles merecedores ou não.


Atingimos a perfeição cristã quando aprendemos a perdoar como Deus perdoa, e a amar como Deus ama” (The Gospel of Matthew, v. 1, p. 176, 177).


Ellen White diz: “Como Deus é perfeito em Sua elevada esfera de ação, assim o homem pode ser perfeito em sua esfera humana. O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 365).


No dia em que conseguirmos amar tanto a justos como a injustos seremos perfeitos em nossa esfera como Deus o é na Sua.

domingo, 29 de agosto de 2010

De Onde Vieram os Soldados?

Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. 2 Reis 6:16


No fim da década de 50 o padre de Fátima do Sul, MS, através de um alto-falante na igreja matriz, falava contra as demais igrejas locais, inclusive contra os adventistas, que se reuniam em um pequeno templo de madeira.


Então os irmãos adventistas decidiram colocar também um alto-falante junto ao seu pequeno templo, não para revidar os ataques, mas para ler trechos da Bíblia e do Espírito de Profecia para a vizinhança.


Na mesma noite em que o alto-falante foi inaugurado, uma procissão passou ali perto, e alguns participantes, incomodados com a programação, decidiram ir até lá e “acabar com tudo”. Duas mocinhas, interessadas em nossa mensagem, ouviram a ameaça e foram correndo avisar o irmão Porfírio Ferreira de Abrantes, um dos líderes adventistas, o qual pediu ao irmão Diomar que parasse de falar e desligasse o alto-falante. E ficou em frente à igreja para ver o que aconteceria.


Uma turba de uns 30 homens chegou e rodeou o irmão Porfírio, xingando-o e desferindo socos na direção do seu rosto, mas sem o atingir. Ele estava calado e conta que, nesse instante, Deus lhe colocou na mente as seguintes palavras: “Vejam bem o que vocês vão fazer!” E dizendo isto, estendeu a mão na direção da igreja. Eles olharam naquela direção, calaram-se e foram saindo, aparentemente com medo.


No dia seguinte, o delegado intimou o locutor do alto-falante, o irmão Diomar, a prestar depoimento na delegacia. Lá chegando, Diomar soube que os revoltosos haviam dado queixa, afirmando que os adventistas tinham contratado um grupo de soldados para montar guarda em frente à igreja. O delegado queria saber de onde era esse destacamento e por que não haviam recorrido a ele, em busca de proteção.


Diomar explicou que não haviam chamado nenhum soldado, e que a única explicação que tinha é que Deus certamente enviara anjos para protegê-los.


A partir desse incidente a igreja não mais enfrentou oposição no lugar. Os irmãos instalaram um alto-falante em uma casa comercial no centro da cidade, onde passaram a utilizar discos da Voz da Profecia com as palestras do pastor Roberto Rabello, ouvidas até pelo padre. Um dia, esse religioso disse ao irmão Porfírio:


– Ô, Porfírio, pode pôr esse programa aí, porque eu ouço e aprecio muito.


O episódio serviu para demonstrar, mais uma vez, a proteção divina, tanto por Seus filhos quanto pela Sua igreja, mesmo em se tratando de um pequeno templo de madeira.

sábado, 28 de agosto de 2010

O Poder do Amor

Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. João 15:17


Elias Howe foi um homem pobre e doente. Ele pensou em desistir de tudo. Afinal de contas, por que continuar tentando, após a vida lhe ter dado tantas rasteiras? Dia após dia, porém, ele observava a esposa persistentemente costurando a fim de conseguir-lhes um pouco de dinheiro para a refeição seguinte. Howe amava extremamente a esposa, e lhe doía vê-la trabalhando tanto.


Por causa de seu amor por ela, ele deixou de se concentrar em suas próprias enfermidades e começou a pensar no que poderia fazer para ajudá-la. Trabalhando arduamente, após seis meses concluiu o primeiro modelo de uma máquina que revolucionaria o trabalho doméstico em todo o mundo. Era a primeira máquina de costura. A invenção de Howe o tornou famoso e rico e o ajudou a recuperar a saúde. Foi o amor pela esposa que o impulsionou a realizar o grande invento de sua vida.


Na Suécia uma enfermeira que trabalhava em uma instituição de saúde do governo, foi designada para cuidar de uma senhora idosa. Esta paciente não havia falado uma única palavra durante três anos. As outras enfermeiras não gostavam dela e procuravam ignorá-la. A nova enfermeira, porém, decidiu mostrar-lhe amor.


A mulher balançava-se em sua cadeira de balanço durante o dia todo. Um dia, a enfermeira puxou uma cadeira de balanço para o lado dela e apenas passou a balançar-se ao seu lado e a dar-lhe amor. No terceiro dia, a paciente abriu os olhos e disse: “Você é muito bondosa!” Duas semanas mais tarde a senhora recebeu alta.


É claro que nem sempre os resultados são tão surpreendentes. Mas a experiência tem demonstrado que o amor tem um extraordinário poder de curar, tanto o corpo como a mente.


O amor nem sempre nos torna ricos, saudáveis e famosos. Às vezes, ele cobra um preço muito alto, como no caso de Cristo. Mas Ele pagou de boa vontade o preço, deixando-nos esse exemplo: “Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei” (Jo 15:12).


À luz de um tão grande amor, não seria trágico se você e eu, que pertencemos ao corpo de Cristo, não conseguíssemos conviver em harmonia uns com os outros? Quão mesquinhos são os nossos melindres e ressentimentos à sombra do Calvário!


Amai-vos uns aos outros. Um mandamento simples, mas que tem o poder de curar o corpo, a mente, o espírito, e os relacionamentos humanos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Homem de Um Talento

Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor. Mateus 25:18


Não há dúvida de que o enfoque principal da parábola dos talentos está no servo que recebeu um talento. Esse indivíduo aparece bem no centro do palco, e dele é que devemos extrair a lição mais importante, pois certamente existem mais pessoas de um só talento neste mundo, e também dentro da igreja, do que aquelas de dois e de cinco talentos.

O homem de um talento enterrou seu capital. A intenção dele era conservá-lo. Mas a parábola nos mostra que ele acabou perdendo-o. Num plano imediato, esse servo representa os escribas e fariseus, que queriam conservar a Lei intacta e só para si mesmos. Restringiam-se à letra do que estava escrito e não aceitariam ampliações de sua compreensão, como Cristo procurou mostrar-lhes ao completar o que foi dito aos antigos (ver Mt 5:21-48).

Num plano mais distante, o homem de um talento simboliza o indivíduo que se contenta com a rotina na igreja. Não comete crimes, mas também não se interessa muito em qualquer expressão do bem. Mostra-se egoísta e, pior, contenta com o seu egoísmo. Não serve aos semelhantes, porquanto se envolve demasiadamente em seus negócios particulares, e só serve a si mesmo.

Por causa de seus temores, tem um mau conceito de seu senhor, e isso ilustra o fato que se pode observar facilmente no mundo e na igreja – que as pessoas podem conceber a Deus como um tirano, que espalha destruição e miséria por toda parte. O mau servo disse: “Senhor, eu Te conhecia, que és um homem duro.” Este homem, portanto, julgava Deus como arbitrário, vingativo, sem misericórdia, como os reis da terra.

Uma lição dura que esta parábola nos ensina é que aquilo que você não usa lhe será tirado.

Um indivíduo agnóstico achou que Jesus havia sido muito cruel com o servo de um talento, ao puni-lo com a apreensão de seu único talento. Jesus de fato disse: “Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado” (Mt 25:28, 29). Mas Jesus não estava sendo cruel. Ele estava simplesmente demonstrando uma lei da vida. Se você usa o que tem, terá mais, pois as pessoas dinâmicas progridem sempre. Se não usa, perderá até mesmo o pouco que tem. Neste sentido, os seres humanos são parecidos com as pilhas de uma lanterna: não sendo usadas, elas enferrujam.

Se usarmos nossos talentos para a glória de Deus, Ele os multiplicará e fará com eles o que consideramos impossível.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Minha Companhia Felina!!!

O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra. Salmo 34:7.


Quando minha sogra chegou ao estado terminal, com câncer, nossa família precisou fazer planos especiais para cuidar dela em casa, enquanto fosse possível. Amigos e familiares ajudaram um pouco, mas a maior parte da responsabilidade recaiu sobre meus ombros e os do meu esposo.

Felizmente, ela morava a uma distância de nossa casa que podia ser percorrida a pé. Eu assumia o turno do dia. Julie, nossa filha no ensino médio, ajudava à tarde e início da noite, de modo que eu pudesse ir para o meu emprego de meio expediente como zeladora na escola. Carl assumia o turno da noite.


Carl e eu precisávamos de algum tempo juntos. Assim, depois de fazer algumas coisas em casa, por volta das 21h30, eu ia até a casa da mãe dele, para ficarmos juntos. A essa altura, ela já estava dormindo. Eu voltava para casa caminhando, lá pelas 23 horas. Carl se preocupava com a minha segurança e queria me acompanhar, mas não podia deixar a mãe sozinha.


Um dos casais que moravam ao lado da nossa casa tinha vários cães grandes, e permitia que andassem soltos. E esses cães eram definidamente mais agressivos depois que escurecia! Eu disse a Carl que não se preocupasse, pois além de ter Deus para me proteger, eu tinha a companhia dos gatos.


Carl olhou para fora, pela janela da sala de sua mãe. Ali, na varanda, estavam nossos três gatos malhados e listrados, Georgette, Tigerette e Beastie Boy. Cada noite, os gatos vinham comigo para a casa da vovó, permaneciam na varanda até que eu estivesse pronta para voltar e então me acompanhavam para casa. Nossos gatos me alegraram o coração durante aqueles dias tenebrosos e probantes. Os cachorros nunca me incomodaram durante os nove meses em que seguimos essa rotina.


Já ouvi dizer que “gatos são anjinhos peludos”. E certamente parecia que os nossos três eram. Talvez Deus tenha considerado que seria melhor se eu também tivesse uma companhia visível. Sou agradecida por ter Ele impressionado os corações felinos a fazer o que fizeram. Como foi bom Ele ter usado nossos amigos peludos para mostrar o quanto cuida de nós e como Se importa com o que estava acontecendo conosco.


Os gatos envelheceram e morreram. Mas o amor e a bondade que os levaram a ajudar tornaram mais suportável nossa provação, e permanecerão para sempre em minha lembrança.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Ervas Daninhas"

E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. Mateus 13:26


“No Oriente, os homens vingavam-se muitas vezes do inimigo, espalhando sementes de qualquer erva daninha, muito semelhante ao trigo, em crescimento, em seu campo recém-semeado. Crescendo com o trigo prejudicava a colheita, e causava fadigas e prejuízos ao proprietário do campo. Assim Satanás, induzido por sua inimizade a Cristo, espalha a má semente entre o bom trigo do reino” (Parábolas de Jesus, p. 71).


Via de regra, a erva daninha semeada em meio aos trigais dos inimigos, era uma planta nativa da Palestina, chamada cizânia, que atinge 60 centímetros de altura, e não pode ser distinguida do trigo, durante a fase de crescimento. Somente quando a planta amadurece e seus grãos se tornam pretos, pode-se perceber a diferença. Estas sementes são venenosas e, se forem comidas, produzirão violentas náuseas, convulsões e, às vezes, chegam a causar a morte.


Normalmente, porém, ninguém planta ervas daninhas em seu próprio quintal, pois elas nascem e crescem sem qualquer esforço de nossa parte. Não é preciso afofar a terra, adubá-la, regá-la, ou mesmo proteger tais ervas do Sol ou das formigas. Tudo que é necessário para que as tiriricas se desenvolvam é ficar de braços cruzados. Esta é uma lição que a natureza nos ensina: o terreno não cultivado não fica vazio, mas o que nasce sem ter sido semeado geralmente não tem serventia.


Assim é também na vida. Desconfie de tudo aquilo que não requer esforço, pois certamente se trata de erva daninha. Todas as formas de ganhar dinheiro fácil, seja através de jogos de azar, loterias, correntes, pirâmides, bingo, ofertas de produtos muito abaixo do preço de mercado, etc., não passam de ilusão de que você poderá enriquecer sem fazer força.


O mesmo se aplica às drogas. O consumo delas se baseia no conceito de que em vez de se aborrecer tentando enfrentar os seus problemas, você pode fugir deles tomando uma pílula e viajando euforicamente para um mundo de sonhos. Mas quando o sonho acaba, o retorno à realidade é terrível e pede outra pílula e outra viagem ilusória.


Descubra as tiriricas de sua vida e arranque-as, pois elas podem estragar para sempre seu belo jardim. Isso dá trabalho, mas vale a pena.
Peça a Deus que o ajude nessa árdua tarefa.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Medalha de Ouro Para Todos!!!

Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. Lucas 10:33


Durante as paraolimpíadas de Seattle, EUA, em que os participantes eram todos deficientes, ocorreu um lindíssimo quadro esculpido por nove atletas com deficiência mental.


Na corrida dos cem metros rasos, um dos garotos tropeçou, caiu e começou a chorar. Os outros, ao ouvirem o choro, pararam. Uma menina com síndrome de Down beijou o colega e disse-lhe: “Pronto, agora vai sarar!”


Em seguida, os nove competidores se deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada, sob a admiração e comoção de todo o estádio, que aplaudia de pé. Em vez de um, todos foram condecorados com uma medalha de ouro.


As competições sempre enaltecem o vencedor, que supera todos os concorrentes. Mas os deficientes dessa paraolimpíada lembraram à humanidade que podemos e devemos ajudar a vencer aqueles que tropeçaram em algum obstáculo na vida, mesmo que isso signifique parar, retroceder, e então avançar juntos, de mãos dadas, para que todos sejam vencedores.


A solidariedade, a compaixão, são virtudes possuídas pelos seguidores de Cristo, O qual, vendo “as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9:36). Ovelhas sem pastor vagueiam em volta do curral confusas, esbarrando umas nas outras porque não sabem para onde ir. Como muitos de nós.


Jesus sentiu compaixão pelas pessoas porque elas estavam sedentas de Deus, mas os líderes espirituais da época, os fariseus, escribas, sacerdotes e saduceus nada tinham para lhes oferecer. Os doutores da lei não ofereciam orientação nem conforto espiritual. Em vez de darem ao povo coragem e esperança para viver, colocavam sobre ele o peso de mil imposições legais. Estavam dando aos homens uma religião que era um fardo.


Diz William Barclay: “Precisamos sempre lembrar-nos de que a religião cristã existe, não para desanimar, mas para dar coragem, não para vergar os homens com encargos, mas para erguê-los nas asas.”


O bom samaritano inclinou-se e ajudou o judeu caído a levantar-se e a prosseguir a carreira até à linha de chegada, onde Cristo espera a todos com a medalha de ouro.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Devemos Dar Esmolas?

Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes. Mateus 5:42


Um dia, ao esgueirar-me por entre os mendigos que infestavam o centro de São Paulo, lembrei-me das palavras de Cristo: “Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.” Então pensei: “Se eu seguir esse conselho à risca irei à falência, e logo estarei entre eles, mendigando também!”


Antes de analisarmos o sentido das palavras de Cristo, examinemos a condição de alguns mendigos. Um deles “trabalhava” regularmente das 6 às 10 horas e das 17 às 19 horas. No intervalo perambulava pela ruas e ia ao cinema.


Outro pedinte costumava expor à compaixão dos passantes a perna, com um curativo horrível. A atadura estava suja de sangue e moscas pousavam e voejavam em volta da ferida. Um dia a polícia prendeu o homem, pois descobriu tratar-se de um falso mendigo. Não havia ferida alguma na perna. Ele apenas havia feito um emplastro com um pedaço de carne de terceira, a fim de iludir as pessoas sensíveis.


Como estes, há centenas que adotaram a “profissão” de mendigo, a fim de se aproveitar da boa fé das pessoas para viver na ociosidade. Se Cristo viesse a uma das nossas grandes cidades hoje, e a cada mendigo que encontrasse fizesse a mesma pergunta que fez ao paralítico de Betesda: “Queres ficar são?”, provavelmente receberia um “não” como resposta. Para que sarar se as chagas dão lucro?


Ellen White nos adverte: “Não é sábio dar indiscriminadamente a todo aquele que solicite nosso auxílio, porque podemos assim encorajar a ociosidade, a intemperança e a extravagância. Mas se alguém chegar à vossa porta dizendo que está com fome, não o despeçais vazio. Dai-lhe algo a comer, do que tendes” (Conselhos Sobre Mordomia, p. 163).


O dever do cristão para com os menos afortunados envolve um relacionamento pessoal, através de um trabalho contínuo em favor deles. Quem dá uma esmola parece estar querendo ver-se livre do pedinte, como a dizer: “Tome aí. E agora deixe-me em paz.” Em vez de atirar-lhe uma moeda, se pudermos ensiná-lo a ganhar o sustento, estaremos ajudando-o de modo muito mais eficaz. Em vez de dar-lhe peixe, devemos ensiná-lo a pescar.

domingo, 22 de agosto de 2010

... E Deus a Restituiu!

Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, Eu te mando, levanta-te! Marcos 5:41


Logo pela manhã, no dia seguinte, o noivo da moça dirigiu-se à casa do pastor Sadio, relatou-lhe os acontecimentos da noite anterior e solicitou-lhe que dirigisse a cerimônia fúnebre.


“Não posso compreender!”, disse o Pastor Sadio. “Justamente no momento em que a vitória parecia ser de Cristo, Satanás parece ter ganho a batalha.” Tomando sua Bíblia, o pastor Sadio acompanhou Orlando até a casa onde o corpo estava sendo velado.


Ali chegando, pediu que todos se retirassem da sala, e, fechando a porta, colocou-se de joelhos ao lado do esquife. Orou fervorosamente pedindo que se operasse um milagre. Ele sentiu, ao orar, que Deus poderia fazer com que Kinta voltasse a viver.


Após a oração, o pastor Sadio levantou-se, resoluto, e repetiu três vezes: “Kinta, em nome de Jesus, levanta-te!” Ao pronunciar a frase pela terceira vez, a moça abriu os olhos e levantou a cabeça. O pastor a ajudou a levantar-se e a reanimou. Vendo que ela já estava em condições normais de vida, embora um pouco fraca, abriu a porta e apresentou-a à pequena multidão do lado de fora.


O povo recuou, assustado. Este era um fato novo para eles. Já haviam presenciado muitas mortes causadas pela feitiçaria, mas era a primeira vez que testemunhavam uma ressurreição. A notícia espalhou-se rapidamente.


O pastor permaneceu ainda algum tempo em companhia daquelas pessoas, regozijando-se com o milagre que Deus operara. Ao sair, pediu ao noivo da moça que o avisasse tão logo soubesse do paradeiro do bruxo, pois desejava encontrar-se com ele. Naquele mesmo dia o feiticeiro foi localizado, e Orlando foi buscar o pastor. Sabendo do duelo espiritual que estava para ser travado, muitos habitantes da cidade acorreram ao local do encontro.


Ao chegar perante o feiticeiro, o pastor Sadio tomou-lhe a mão, fê-lo levantar-se e lhe disse com firmeza: “Conheces o poder de Cristo? Se tens mais poder que Cristo, poderás matar-me, como fizeste àquela moça.”


E assim dizendo, ambos fixaram os olhos um no outro por diversos minutos. O pastor Sadio viu como que faíscas nos olhos do feiticeiro, mas este por fim soltou-se da mão do pastor e caiu ao solo sem forças, enquanto confessava: “Contra esse Poder eu não tenho poder!”


Após o milagre, muitos se mostraram interessados em conhecer melhor o cristianismo. Hoje as portas estão abertas à pregação do evangelho naquela cidade, e os recém-conversos foram confirmados na fé.

sábado, 21 de agosto de 2010

Satanás Tirou-lhe a Vida...

Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Efésios 6:12


Em outubro de 1979, quando o Pastor Malton Braff era presidente da Missão da África Ocidental, com sede em Dacar, no Senegal, ocorreu um fato extraordinário na cidade de Zinguinchor, interior daquele país. O ocorrido é totalmente digno de crédito, porque foi presenciado por inúmeras pessoas e acompanhado pelo Pastor Albert Sadio, homem consagrado e experiente.


Kinta era uma moça natural da Guiné-Bissau. Um dia resolveu fixar residência no Senegal, onde conheceu um rapaz chamado Orlando, de quem se tornou namorada. Ambos entraram em contato com os adventistas e passaram a receber estudos bíblicos do Pastor Sadio.


Quando ainda morava na Guiné-Bissau, Kinta convivera com um homem, o qual abandonara ao vir para o Senegal. O ex-amante, inconformado com a situação, sabendo que Kinta estava noiva e aceitara o cristianismo, contratou o maior feiticeiro da Guiné-Bissau para matá-la.


O feiticeiro localizou a jovem, que estava hospedada em uma residência familiar na cidade de Zinguinchor, e apresentando-se como tio de Kinta, foi logo recebido com muita alegria. Na África as famílias são muito numerosas e, por essa razão, o feiticeiro se fez passar por tio de Kinta sem despertar qualquer suspeita. Poucos minutos depois, parentes e amigos da jovem, moradores das redondezas, estavam reunidos naquela casa para comemorar a chegada do suposto parente.


Por volta das onze horas da noite, o feiticeiro, que por diversas vezes tentara ficar a sós com a moça e não conseguira, convidou-a para entrar (estavam no quintal, em virtude do calor), dizendo-lhe que trazia uma encomenda especial para ela. Os demais também a acompanharam para dentro da casa.


O feiticeiro chamou Kinta a um canto e olhou fixamente nos olhos dela. A moça caiu imediatamente para trás. Seguiu-se uma grande confusão, o que permitiu a fuga do feiticeiro. Ninguém teve dúvida de que aquilo era obra de feitiçaria.


Orlando e os demais tentaram, por todos os meios conhecidos, reanimar a jovem, que, no entanto, permanecia imóvel, pálida, sem respirar e sem pulso. Logo seus músculos se enrijeceram, indicando que nada mais havia a ser feito por ela senão prepará-la para o sepultamento.


Leia amanhã o final eletrizante dessa história.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Herança Doutrinária

Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. João 17:17


Os adventistas creem ter a verdade, pois baseiam inteiramente suas crenças nas Escrituras Sagradas, e não em uma mistura de Bíblia com tradição. Entretanto, temos uma grande dívida de gratidão para com muitos cristãos que nos precederam e descobriram verdades bíblicas que hoje também partilhamos.


Cremos, por exemplo, que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática. De quem herdamos esse conceito? De Lutero e Wycliffe. O mesmo temos de admitir quanto à doutrina da justificação pela fé. Lutero descobriu na Bíblia que os pecadores não são salvos pelas obras, mas pela fé em Cristo (Rm 5:1, 2; Ef 2:8, 9).


O nome de João Calvino se acha associado à doutrina da predestinação, na qual não cremos. Mas os adventistas e outros cristãos de fala inglesa devem aos seguidores de Calvino – os puritanos – a famosa versão bíblica King James. Em 1603, os puritanos solicitaram ao rei Jaime I, da Inglaterra, uma nova tradução da Bíblia, para ser usada nos cultos. E o rei designou 47 eruditos para executar essa tarefa.


Quem poderá avaliar os benefícios espirituais dessa tradução?

Os adventistas creem no batismo por imersão, mas não o inventaram. Os anabatistas e batistas o adotaram antes de nós, ao perceberem que Paulo considera o batismo um sepultamento (Rm 6:4), e que Jesus “saiu da água” após ter sido batizado (Mt 3:16, NTLH). Alguns deles, ao prosseguirem seu estudo da Bíblia, descobriram o sábado como dia santificado, e passaram a observá-lo.


No século 18 milhões de crentes temiam que Deus os houvesse predestinado para a perdição. Então John Wesley descobriu que a salvação é para todo aquele que crê (Jo 3:16). Hoje, os adventistas pregam que a graça de Deus é gratuitamente concedida aos homens. Graças a Deus pela contribuição de John Wesley e dos metodistas.


Wycliffe acreditava no sono inconsciente entre a morte e a ressurreição. Lutero ensinava que a morte em Cristo é um sono doce e breve. Os adventistas são gratos a eles e a muitos outros por essa mesma compreensão.


Pioneiros, como Hiram Edson, Frederick Wheeler (através da batista do sétimo dia, Rachel Oakes), Ellen Harmon, José Bates, Tiago White e muitos outros trouxeram de suas igrejas de origem muitas verdades que hoje fazem parte de nosso corpo doutrinário. Em troca, oferecemos a todos os cristãos uma nova compreensão da obra de Cristo no santuário celestial.


Devemos ser gratos a todos por sua contribuição à verdade.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fique Esperto!!!


Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. Mateus 7:27


Jessé era amigo de Joás, e também ajudava o pai nas obras. O pai dele estava fazendo uma casa próximo da construção do pai de Joás, e iam juntos para o trabalho.


Joás comentou com o amigo o esforço que haviam feito para colocar certo bloco de pedra num determinado ponto da obra e como seu pai tivera um imenso trabalho para prepará-la.


– Que absurdo! – disse o amigo. Para que tanto trabalho?


– Papai me explicou que a fim de que a construção fique bem firme é necessário estar assentada sobre uma pedra bem colocada, que será a pedra angular, a fim de que tudo se ajuste bem depois.


– Meu pai disse que seu pai faz muito esforço sem necessidade. Várias pedras pequenas produzem o mesmo efeito.


De repente, Joás achou que seu pai estava sendo tolo em trabalhar demais. Ele sempre gostava das coisas bem-feitas e sempre cobrava isso de Joás. Às vezes, ele se aborrecia com isso, pois o pai o fazia repetir algumas tarefas até que tudo estivesse bem-feito. Também não entendia por que sua mãe insistia para que o lençol da cama estivesse bem esticado antes de colocar a colcha. Ele mesmo é quem dormiria ali, e não se importava se estivesse um pouco desarrumado. Concluiu que seus pais eram um tanto exagerados.


A obra do pai de Jessé foi acabada antes.


– Meu pai é mais rápido que o seu. E veja que beleza de casa meu pai fez! Se seu pai continuar assim, vai perder muito dinheiro.


Joás ficou aborrecido. Mas, nesse mesmo dia, constatou quem havia feito o melhor quando viu a casa que o pai de Jessé fizera indo pelos ares.


Satanás conhece bem os caminhos deste mundo, e só estaremos seguros se Jesus for o nosso guia e amigo. Quando Ele vier vai separar os bons e os maus. Só aqueles que construíram um caráter sólido O acompanharão para o lugar que Ele está preparando. Lá não haverá espaço para descuidados. Fique esperto!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Deus é Fiel"

O Senhor é fiel em todas as Suas palavras e santo em todas as Suas obras. Salmo 145:13


José Ferraz de Almeida trabalhou por mais de 30 anos na colportagem. Em 1955 visitava clientes na zona rural de Bauru, SP, e região, pilotando sua reluzente moto vermelha, que viera substituir a velha bicicleta, companheira de trabalho por vários anos.

Certo dia entregou uma coleção de livros para um pequeno agricultor, mas este não tinha dinheiro para pagá-los. “O senhor pode confiar em mim”, pediu o homem. “Dê-me seu endereço, e assim que receber o dinheiro de minha colheita irei até sua casa para fazer o pagamento.” Contrariando seu costume, José Ferraz acabou deixando os livros com o cliente.

Algum tempo depois José sofreu um grave acidente com sua moto, fraturando o joelho direito. Por isso, precisou interromper seu trabalho por diversos meses. Como vivia exclusivamente da colportagem, a crise financeira logo bateu às portas.

Certo dia, ainda bem cedo, ele constatou que não havia mais alimento em casa, nem mesmo para o desjejum daquela manhã. Dirigindo-se ao quarto, pediu a providência divina, citando o Salmo 37:25: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.”

Minutos depois alguém bateu palmas no portão. Para sua surpresa, logo reconheceu o agricultor, que viera pagar os livros entregues meses antes. Deus enviara provisão, não apenas para um simples desjejum, mas para muitos dias.

Esse episódio foi relatado ao seu filho, Wilson Ferraz de Almeida, quando José estava com 89 anos, alguns meses antes de seu falecimento. Com emoção, ele concluiu: “Sabe, filho, tenho aprendido ao longo de todos esses anos que Deus começa a agir em nosso favor mesmo antes de lhe pedirmos. Posso imaginar que aquele homem se levantou bem de madrugada para caminhar cerca de uma hora até a estação de Pederneiras, onde tomou o trem das seis. Chegou a Bauru meia hora depois e caminhou mais uns dois quilômetros para chegar até nossa casa às sete da manhã e trazer a resposta imediata do Senhor ao meu pedido de socorro. Filho, como Deus é fiel! Em toda a minha vida tenho comprovado essa fidelidade!”

Por ocasião de seu funeral, a família se despediu dele cantando o hino 35 do Hinário Adventista, “Tu és Fiel, Senhor”, um de seus hinos prediletos, na certeza de que Deus mais uma vez será fiel para resgatá-lo da morte na ocasião da ressurreição.