sábado, 31 de julho de 2010

Quanto é que você tem?

E Ele lhes disse: Quantos pães tendes? Ide ver! E, sabendo-o eles, responderam: Cinco pães e dois peixes. Marcos 6:38


Um garoto de 13 anos leu sobre o trabalho do Dr. Albert Schweitzer na África, e sentiu o desejo de ajudar. Ele só tinha dinheiro suficiente para comprar um vidro de aspirina. Escreveu para a Força Aérea e perguntou se eles poderiam voar sobre o hospital do Dr. Schweitzer e lançar o vidro para ele. Uma estação de rádio transmitiu o interesse desse garoto em ajudar. Muitos ouvintes ficaram sensibilizados e também responderam.


Mais tarde o governo o levou de avião até o hospital do Dr. Schweitzer, junto com quatro toneladas e meia de remédios no valor de 400.000 dólares, doados por milhares de pessoas. Quando o Dr. Schweitzer ouviu a história, exclamou: “Nunca imaginei que uma criança pudesse fazer tanto!”


Quando Jesus disse aos discípulos que precisavam alimentar a multidão, pois já era tarde e o lugar era deserto, mandou-os verificar quantos pães havia. Um garoto tinha cinco pães e dois peixes, e isso era tudo, ou seja, quase nada. Do ponto de vista humano, não era suficiente nem para alimentar uma família, quanto mais cinco mil homens, mulheres e crianças. Mas nas mãos do Mestre o pouco se torna muito.


Ellen White diz: “O alimento multiplicava-se-Lhe nas mãos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 369). Porém, não foi nas mãos dos discípulos nem nas mãos do povo, mas nas mãos de Jesus que se operou o milagre. Cristo não criou o alimento do nada, mas multiplicou o que havia. Cinco pães e dois peixes era pouca coisa, mas Ele não os desprezou, pois providenciaram a base para o seu milagre.


Muitas vezes consideramos nossa capacidade, nossos talentos, nossos meios, totalmente inadequados para realizar a obra que Deus nos deu. Mas se depositarmos nossos dons no altar, por pequenos que sejam, para que Ele os use, Ele os multiplicará e fará grandes coisas com eles.


“Grande erro é confiar em sabedoria humana, ou em números, na obra de Deus. O trabalho bem-sucedido para Cristo, não depende tanto de números ou de talentos, como da pureza de desígnio, da genuína simplicidade, da fervorosa e confiante fé” (O Desejado de Todas as Nações, p. 370).


A ordem de Jesus é: “Trazei-mos” (Mt 14:18). Precisamos trazer-Lhe nossas ofertas com fé, e Ele as aceitará. Cada um de nós recebeu pelo menos um talento. Todos temos alguns pães e peixes para oferecer ao Mestre.


Não enterremos nosso talento, por pequeno que seja.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Os Observadores do Sábado Necessitam de Sabedoria



"Eis que Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portantos, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas" (Mt 10:16).

Quando os costumes do povo não estão em conflito com a lei de Deus, podeis sujeitar-vos a eles. Se os obreiros deixarem de fazer isto, não somente prejudicarão seu próprio trabalho, mas colocarão pedras de tropeço no caminho daqueles pelos quais labutam, impedindo-os de aceitar a verdade. Aos domingos ocorre a melhor oportunidade para os que são missionários realizarem escolas dominicais e aproximarem-se do povo da maneira mais simples possível, falando-lhes do amor de Jesus pelos pecadores e instruindo-os nas Escrituras. ...

Presentemente a observância do domingo não é a prova. Chegará o tempo em que os homens não somente proibirão o trabalho no domingo, mas procurarão obrigar as pessoas a trabalhar no sábado e a concordar com a observância do domingo ou perder a sua liberdade e a vida. Mas o tempo para isto ainda não chegou, pois a verdade precisa ser apresentada mais amplamente como testemunho perante o povo. ...

A luz que tenho é que os servos de Deus devem silenciosamente entregar-se ao trabalho de pregar as sublimes e preciosas verdades da Bíblia - Cristo e Este crucificado, Seu amor e infinito sacrifício - mostrando que a razão porque Cristo morreu está no fato de que a lei de Deus é imutável, inalterável, eterna. ...

O sábado deve ser ensinado de maneira definida, mas sedes cuidadosos ao lidar com o ídolo do domingo. Para os sábios, uma palavra basta. ...

Abster-se do trabalho aos domingos não é receber o sinal da besta; e onde isto promoverá os interesses da obra, deve ser efetuado. Não devemos afastar-nos de nossa maneira de proceder para trabalhar aos domingos. ...

Quando os que ouvem e veem a luz sobre o sábado tomam sua posição ao lado da verdade para guardar o santo dia de Deus, surgirão dificuldades; pois serão feitos esforços contra eles para compelir homens e mulheres a transgredir a lei de Deus. Aí eles terão de permanecer firmes, para não violarem a lei de Deus; e se a oposição e a perseguição forem mantidas decididamente, atendam eles as palavras de Cristo: "Quando... vos perseguirem numa cidade, fugi para outra." - Ellen G. White, Maranata, o Senhor Vem [MM 1977], p. 175.

"Rir é o Melhor Remédio"

O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos. Provérbios 17:22


Os médicos diagnosticaram que o jornalista e filósofo americano Norman Cousins estava sofrendo de uma dolorosa doença dos tecidos conectivos (colagenose). Nódulos haviam aparecido em seu corpo e a certa altura seus maxilares haviam ficado quase totalmente travados. Disseram-lhe que ele teria apenas uma chance em quinhentas de viver. Um médico lhe disse que nunca havia visto alguém se recuperar dessa enfermidade.


Norman imediatamente começou a tomar enormes doses de vitamina C, combinadas com um programa de risadas diárias. Passou a assistir comédias em seu próprio projetor e descobriu que dez minutos de gargalhadas exerciam um efeito anestésico que lhe permitiam dormir durante duas horas sem sentir dor. Após alguns meses suas dores cessaram e ele pôde retornar ao trabalho, provando que, em seu caso, rir foi o melhor remédio.


Uma pesquisa conduzida na Universidade de Loma Linda, sobre os efeitos do humor, indica que as pessoas podem fortalecer o sistema imunológico utilizando o humor para combater o estresse e aliviar a tensão. E o psiquiatra William Fry, da Universidade de Stanford, compara o riso, em termos de benefícios cardiovasculares, ao exercício numa bicicleta ergométrica. Ele acredita que o humor, como tônico diário, pode prevenir a doença coronariana e reduzir a gravidade de ataques cardíacos (Signs of the Times, julho, 1997, p. 19).
Embora as Escrituras condenem “a risada do insensato” (Ec 7:6), deixam claro que o contentamento e a alegria são sinais distintivos do verdadeiro cristão, pois o evangelho significa boas-novas de salvação. É possível demonstrar contentamento mesmo sob provações, o que é exemplificado pela atitude de Paulo e Silas, que cantaram na prisão, mesmo tendo os pés presos no tronco. “Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito Santo” (At 13:52).


Ellen White, embora desaprovasse os gracejos tolos, o riso tumultuoso e a frivolidade, opunha-se a um estilo de vida sem humor. Apesar de enfrentar problemas de saúde, ela manifestava uma alegre disposição. Mesmo em seus escritos ela deixou transparecer senso de humor: “As irmãs não devem, quando no trabalho, usar vestidos que as façam parecer espantalhos para afugentar os pássaros-pretos do milharal” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 464).


Mas o nosso maior exemplo é Cristo, o qual foi ungido “com o óleo de alegria” (Hb 1:9). A alegria é o fruto do Espírito e um subproduto da vida espiritual bem vivida.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cobiça Assassina!


Não cobiçarás a casa do teu próximo. [...] nem coisa alguma que pertença ao teu próximo. Êxodo 20:17


O profeta Samuel tentou desencorajar o povo de Israel a ter um rei, usando o seguinte argumento, dentre outros: “Tomará o melhor das vossas lavouras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais e o dará aos seus servidores” (1Sm 8:14).




Suas palavras se cumpriram de modo trágico num dos crimes mais hediondos da história de Israel. O rei Acabe desejou possuir a vinha de Nabote, que ficava ao lado do palácio real, propondo dar-lhe outra melhor ou pagar o seu justo valor em dinheiro (1Rs 21). A oferta do rei era, aparentemente, razoável e Nabote tem sido às vezes criticado por não tê-la aceito.



Mas é preciso ter em mente que Nabote era um homem leal a Deus, e a lei divina, dada através de Moisés, estipulava que a herança paterna só poderia ser vendida em caso de extrema necessidade, e ainda assim sob a condição de poder ser recomprada a qualquer momento e, se não fosse, retornaria ao proprietário original no ano do jubileu (Lv 25:13-28). E foi baseado no código levítico que Nabote respondeu ao rei: “Guarde-me o Senhor de que eu dê a herança de meus pais” (1Rs 21:3).



Acabe não esperava essa recusa e voltou ao palácio desgostoso e indignado. Além de não poder ter a cobiçada vinha, ficara implícita a lição moral e espiritual que Nabote lhe dera: “Você, que é rei e devia ser o primeiro a cumprir a lei, quer desrespeitá-la?” E Acabe, vítima de sua própria imaturidade emocional, ficou de cama e não quis comer.



Então entra em cena Jezabel, aquela mesma que pôs o profeta Elias para correr. “Pode deixar que eu resolvo!”, disse ela. E imediatamente se pôs a escrever cartas em nome do rei e as enviou aos anciãos e aos nobres da cidade, para que apregoassem um jejum, conseguissem dois homens malignos que testemunhassem contra Nabote, acusando-o de blasfêmia contra Deus e contra o rei, e então fosse apedrejado.



A magistratura corrupta da cidade fez exatamente o que Jezabel ordenara. E o fiel Nabote foi apedrejado junto com sua família. Morreu como mártir de sua fé e lealdade a Deus. Mas Acabe e Jezabel pagaram caro por isso (1Rs 21:19; 22:34-38, 2Rs 9:36).



A transgressão do décimo mandamento levou Acabe e Jezabel a quebrarem também o sexto, o oitavo e o nono, o que mostra que um pecado leva a outro. Que Deus nos ajude, hoje, a não condescendermos com o pecado, por mais inofensivo que pareça, “pois no fim ele morde como uma cobra venenosa” (Pv 23:32, NTLH).

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Amor Tem o Poder de Reconciliar

Vai primeiro reconciliar-se com teu irmão. Mateus 5:24


Dois irmãos gêmeos residiam numa cidade do interior dos Estados Unidos. Quando o pai deles morreu, eles passaram a administrar a casa comercial que o pai lhes deixara.


Um dia um cliente veio fazer uma pequena compra e a pagou com uma nota de um dólar. O irmão que fez a venda colocou o dólar sobre a caixa registradora, e acompanhou o comprador até a porta, para se despedir. Ao voltar, a nota de um dólar havia desaparecido.


Então ele perguntou ao outro irmão:

– Você pegou o dólar que eu deixei aqui?


– Não, não peguei – respondeu o irmão.


– Como é que não? Não havia mais ninguém na loja! Você pegou, sim!


– Eu já disse que não peguei! – respondeu o irritado irmão.


Por causa desse pequeno incidente, os irmãos passaram a desconfiar um do outro, e finalmente não mais puderam trabalhar juntos. E puseram uma divisória no meio da loja, dividindo-a em duas metades, de modo que cada um dos irmãos passou a atender os fregueses na sua metade. Com raiva um do outro, eles não se falaram durante 20 anos. Tudo por causa de um dólar.


Mas um dia, um estranho estacionou o carro em frente, entrou numa das lojas e perguntou a um dos irmãos:


– Faz muito tempo que o senhor tem essa loja aqui?


– Uns 30 ou 40 anos – respondeu o dono.


– Olha – disse o estranho – há 20 anos eu cheguei a esta cidade num vagão de carga. Estava desempregado, sem dinheiro e não havia me alimentado por vários dias. Vim por aquela alameda ali, olhei pela janela de sua loja, e vi uma nota de um dólar sobre a caixa registradora. Entrei de mansinho, sem que ninguém me visse, e a apanhei.


Mas recentemente me tornei cristão. Eu me converti e aceitei Cristo como meu Salvador pessoal. E agora sei que cometi um erro ao pegar aquele dólar. Vim aqui para devolver-lhe o dinheiro com juros e pedir-lhe perdão.


Quando o homem terminou sua confissão, o velho dono da loja começou a chorar e lhe disse: “O senhor poderia me fazer um favor? Vá à loja aqui ao lado e conte essa história ao meu irmão!”


E quando o homem contou a mesma história ao segundo irmão, os dois gêmeos, que não se haviam falado durante 20 anos por causa disso, se abraçaram, choraram, pediram desculpas um ao outro, e se reconciliaram. Vinte anos de sofrimento e de laços cortados, baseados não em fatos, mas em desconfiança e desentendimento. E então veio a cura; veio a reconciliação entre eles, porque um estranho conheceu o amor de Cristo e se converteu.

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Deus Inventou o Sexo"


Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Gênesis 2:24


A esposa de um alto funcionário do governo tenta seduzir o mordomo de sua casa. Como não consegue, acusa-o de tentativa de estupro e ele acaba preso.



O filho de um rei planeja seduzir uma bela jovem, mas ela o rejeita. Após forçá-la, ele a expulsa de casa. Essa atitude resulta em tragédia para ambos.



Os habitantes de uma grande cidade se tornam liberais e permissivos em matéria de sexo, e o homossexualismo é praticado abertamente.



Essas poderiam ser manchetes dos jornais modernos. Mas foram baseadas em relatos da Bíblia – um livro que não esconde os pecados sexuais de seu tempo e indica a atitude correta que se deve ter com relação ao sexo.



Essas orientações são extremamente proveitosas nos tempos confusos e permissivos em que vivemos. Nos últimos dois séculos o comportamento sexual da sociedade ocidental oscilou de um extremo a outro. A mentalidade vitoriana (1837-1901) acreditava no amor sem sexo. Hoje se acredita em sexo sem amor. A visão puritana do sexo como um “mal necessário” à procriação foi seguida da visão popular do sexo como recreação. Ambos os extremos são errados, segundo o propósito divino. E qual é esse propósito?



Os casais não precisam se sentir culpados ao praticarem o sexo dentro do matrimônio, como acontecia na era vitoriana, pois quando Deus disse ao primeiro casal: “Sede fecundos, multiplicai-vos” (Gn 1:28), indicou que a maneira de promover essa multiplicação seria através da união sexual e não por meio de provetas de laboratório. Isso não significa, porém, que o sexo entre os seres humanos tenha apenas função reprodutiva, pois isso seria nivelar o ser humano aos animais.



A expressão bíblica “tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2:24) significa que o ato sexual entre marido e mulher, além de ser um meio reprodutivo, tem também uma função psicológica, isto é, deve preencher as necessidades emocionais e afetivas do casal.



Na Bíblia o sexo é apresentado como uma bênção divina que pode ser desfrutada de modo prazeroso e legítimo unicamente dentro dos sagrados laços do matrimônio. Leia Eclesiastes 9:7-9; Cantares 7:10-12; 1 Coríntios 7:2-5; Hebreus 13:4

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Brincando de Esconder?

Até quando, Senhor? Esconder-Te-ás para sempre? Salmo 89:46


O poeta Castro Alves assim inicia seu poema Vozes da África: “Ó Deus! Onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela Tu Te escondes, embuçado nos céus?”


Parece que Deus responde a essa pergunta de Castro Alves através do profeta Jeremias, dizendo: “Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13). Deus Se deixar achar por aqueles que O buscam com o coração sincero. Essa deveria ser uma busca relativamente fácil, pois Paulo afirma que Ele “não está longe de cada um de nós” (At 17:27).


Na brincadeira infantil de esconde-esconde uma criança procura as que estão escondidas, e depois ela se esconde enquanto outra procura achá-la. Essa brincadeira ilustra o que ocorreu com Adão. Quando ele pecou, se escondeu, e Deus saiu à sua procura, chamando: “Onde estás?” (Gn 3:9).


A Bíblia compara Deus a uma mãe que procura os filhos, a uma galinha que ajunta os pintinhos debaixo das asas, a uma mulher que procura uma moeda perdida, a um pastor que sai em busca da ovelha perdida. Deus é quem procura Seus filhos, mas também é quem Se esconde.


Um dia o filho do rabino Schneur Zalman veio correndo ao seu encontro, chorando. Entre um soluço e outro, ele disse: “Pai, eu estava brincando de esconde-esconde com os outros meninos. Quando foi a minha vez de me esconder, encontrei um bom lugar no meio das árvores, e esperei lá por horas que eles me encontrassem. Mas não apareceu ninguém. Depois fiquei sabendo que eles haviam se cansado de brincar. Eles simplesmente me deixaram lá sozinho, sem me avisar nada.”


O rabino pôs os braços em torno do filho e lhe disse: “Ah, filho, isso é o que acontece com Deus também. Ele está sempre Se escondendo, esperando que os Seus filhos venham procurá-Lo. Mas, muitas vezes, eles O deixam sozinho e chorando, desejando ser encontrado.”
Deus Se esconde como um ato de amor, para que O busquemos. E a Sua promessa é que essa busca terminará com encontro maravilhoso com Ele, se O buscarmos de todo o coração.


Deus já achou você. Agora é a sua vez de procurá-Lo.

domingo, 25 de julho de 2010

"Cura para o Perfeccionismo"

Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Filipenses 3:12


O que há de errado em tentar ser perfeito? A Bíblia não diz que devemos fazer tudo segundo as nossas forças? (Ec 9:10). Sem dúvida. O que não é saudável é medir nosso valor como seres humanos através do desempenho pessoal. A Bíblia também diz que devemos fazer tudo para a glória de Deus (1Co 10:31). Se o meu mérito diante de Deus e dos homens depende de meu desempenho, a quem estou tentando glorificar?


E é aí que está o problema. Segundo os psicólogos, o perfeccionista baseia seu valor naquilo que os outros pensam dele. Como deseja ser tido em alta conta pelas pessoas, faz de tudo para parecer perfeito. E por isso, é extremamente exigente consigo e com os outros. Nada do que ele ou alguém faz é suficiente. Trabalha excessivamente para alcançar uma perfeição fugidia e não consegue relaxar.


Essa doença pode ter tido origem na infância, quando a criança procura obter inutilmente a aprovação dos pais, como exemplifica o Dr. David A. Seamans: Bill, por mais que tentasse, não conseguia satisfazer o pai. Trazia o boletim com notas 8 e 9, mas o pai dizia: “Bill, acho que se você se esforçar um pouco mais, poderá tirar 9 em tudo, não é?”


Então, Bill se pôs a estudar ainda mais, e certo dia trouxe o boletim com 9 em todas as matérias. Então o pai disse: “Mas sabe de uma coisa? Se você se esforçar um pouco mais, poderá tirar 10 em tudo.”


E ele estudou e se esforçou durante vários meses, até que finalmente ganhou 10 em tudo. Agora o pai e a mãe certamente ficariam muito satisfeitos com ele. Mas o pai olhou o boletim e disse: “Ah, conheço esses professores. Eles dão 10 à-toa!” (Cura Para os Traumas Emocionais, p. 21).


É impossível satisfazer um pai assim. E a mesma imagem que a criança tem do seu pai, terá de Deus também. Parece que Deus está sempre lhe dizendo: ”Ainda não está bom. Esforce-se um pouco mais.”


A cura para o perfeccionismo não é você se tornar relapso. Não é desistir de tudo. Apenas humilhe-se diante de Deus, como o publicano da parábola (Lc 18:9-14), reconhecendo sua impotência para lutar corpo a corpo contra o pecado, e aceite a justificação divina. Deus o aceita com todos os defeitos e pecados. Lembre-se de que o fariseu da parábola, que se julgava perfeito, não foi justificado.

sábado, 24 de julho de 2010

Sabe das últimas?

Pois todos os de Atenas e os estrangeiros residentes de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir as últimas novidades. Atos 17:21


A verdade é que todos devemos trabalhar. Ninguém pode se dar ao luxo de viver ociosamente. Mas quando uma nação atinge um elevado nível de civilização e riqueza, multidões vivem na ociosidade e podem descambar para a depravação sexual, como aconteceu em Sodoma, ou se dedicar à arte, ciência, música, política, entretenimento, religião ou filosofia, como em Atenas.


Muitos estrangeiros, vindos de todas as partes do império romano, residiam em Atenas, atraídos principalmente por sua cultura. Havia estudantes universitários, artistas, filósofos e curiosos de todos os tipos, que tinham tempo de sobra para “dizer ou ouvir as últimas novidades”. Demóstenes já havia escrito, trezentos anos antes de Paulo chegar em Atenas: “Ao invés de resguardardes as vossas liberdades, viveis a vaguear e a buscar novidades.”


Paulo, ao pregar na praça, despertou a curiosidade dos filósofos, os quais o levaram ao Areópago para que ele explicasse melhor que nova doutrina era essa. E Paulo disse que a grande novidade é que um homem chamado Jesus Cristo havia morrido em Jerusalém e ressuscitado para salvar todo aquele que nEle cresse. Essa nova de que alguém havia ressuscitado dos mortos, porém, não foi bem recebida pelos seus ouvintes, os quais o ridicularizaram, dizendo: “A respeito disso te ouviremos noutra ocasião” (At 17:32). Felizmente a sua pregação não foi de todo perdida, pois alguns homens “se agregaram a ele e creram” (v. 34).


À semelhança dos atenienses, há membros da igreja que estão sempre à cata de novidades, e muitas vezes se deixam levar por qualquer vento de doutrina que aparece. Mas “os que estão bebendo da fonte da vida não hão de, à semelhança dos mundanos, manifestar um ansioso desejo de novidades e prazeres” (Mensagens aos Jovens, p. 181).


Em vez de nos preocuparmos com novidades, vamos reafirmar nosso compromisso com as velhas normas: praticar a justiça, exercer misericórdia, preferir-nos em honra uns aos outros, tratar a todos com cortesia e respeito e fazer de Cristo o único Senhor de nossa vida.


A nossa grande necessidade, hoje, não é de nova luz; é a de pôr em prática a luz que já recebemos. Não é de novas verdades que a Igreja carece; é a de viver segundo os imutáveis princípios da Palavra de Deus.


Naquilo que realmente conta, o que é antigo é melhor.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Canibais Convertidos"

Cantai ao Senhor um cântico novo e o seu louvor até às extremidades da terra, vós, os que navegais pelo mar e tudo quanto há nele, vós, terras do mar e seus moradores. Isaías 42:10


Durante a Segunda Guerra Mundial a lancha-torpedeira do tenente John foi bombardeada e afundada por um contratorpedeiro japonês perto das Ilhas Salomão. Após se agarrarem aos destroços de seu barco por algumas horas, os onze sobreviventes decidiram tentar nadar até uma ilha que se avistava à distância. Cinco horas mais tarde eles chegaram exaustos à praia.


A ilha, porém, era desabitada. Mais tarde, o tenente John e seu imediato George Ross, decidiram ir a nado até outra ilha para pedir ajuda. Enquanto estavam nadando, alguns nativos, em suas canoas os viram e remaram na direção deles. Os dois americanos sabiam que essas ilhas do Pacífico haviam sido habitadas por canibais ferozes. Quando as canoas se aproximaram, eles devem ter-se perguntado se seriam resgatados ou devorados.


Felizmente para George Ross e o tenente John, que não era outro senão John Fitzgerald Kennedy, que mais tarde se tornou presidente dos Estados Unidos, os nativos daquelas canoas eram adventistas do sétimo dia. Embora seus ancestrais tivessem sido canibais, eles se haviam convertido pela Palavra de Deus (Signs of the Times, janeiro, 1995, p. 22).


Esta é mais uma prova do poder transformador da Palavra de Deus, que pode converter perigosos canibais em amorosos cristãos. Ela pode fazer com que endurecidos criminosos se tornem bons cidadãos.


Para você e eu, que já somos cristãos, o que a Palavra de Deus pode fazer? Em primeiro lugar, ela nos ajuda a evitar erros e pecados (Mt 22:29; Sl 119:11). Além disso, nos torna sábios para a salvação (2Tm 3:15); é o melhor meio de robustecer o intelecto (Mensagens aos Jovens, p. 253); guia nos negócios desta vida (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 448); exerce uma influência santificadora sobre o espírito (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 83); torna-nos mais familiarizados com Cristo (Mensagens aos Jovens, p. 121); ajuda a desenvolver a memória e revela a vontade de Deus para nós (Fundamentos da Educação Cristã, p. 390); traz iluminação divina (O Desejado de Todas Nações, p. 459); enriquece a mente e nos fortalece contra as tentações de Satanás (Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 19), e muitos outros benefícios.


A Bíblia é a voz de Deus ao homem. Não podemos nos dar ao luxo de negligenciá-la.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

"Um Homem, Duas Mulheres"

Houve um homem [...] cujo nome era Elcana [...] Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra, Penina. 1 Samuel 1:1, 2


É bem conhecida a afirmação de que “por trás de um homem de sucesso sempre existe uma mulher”. Por outro lado, diz-se também que “por trás de um homem fracassado, geralmente existem duas.” O ex-presidente americano Bill Clinton quase perdeu o cargo por causa de uma amante.


No sexto dia da Criação Deus fez um homem e uma mulher (Gn 2:18), o que indica que a relação ideal é a monogamia. Entretanto, muito cedo na história da humanidade, este ideal foi pervertido, quando o patriarca Lameque tomou para si duas mulheres (Gn 4:19).


Milênios mais tarde, em virtude da “dureza dos corações”, Moisés, por orientação divina, regulamentou a prática da bigamia (ver Dt 21:15) para evitar injustiças com os herdeiros. A bigamia ou poligamia, no Antigo Testamento, nunca foi incentivada. Foi apenas tolerada até que os filhos de Deus fossem educados e alcançassem uma condição mais elevada.


A relação de um homem com duas mulheres é sempre complicada e traz muitos dissabores. Jacó, por exemplo, casou com duas mulheres irmãs. Ele amava Raquel, e serviu ao gananacioso sogro Labão durante sete anos para casar-se com ela. Mas na noite de núpcias foi enganado e recebeu Lia, irmã de Raquel (Gn 29:25). Ele só desposou Raquel ao assumir o compromisso de servir mais sete anos. E então, quando a felicidade finalmente pareceu sorrir-lhe, a vida dele virou um inferno, pois as duas irmãs se tornaram rivais e passaram a ter ciúmes e a competir entre si pelo mesmo homem (Gn 30:8). Lia chegou a alugar Jacó por uma noite, em troca das mandrágoras que deu a Raquel (Gn 30:16).


Experiência semelhante teve Elcana, casado em primeiras núpcias com Ana. Como Ana era estéril, Elcana tomou para si outra mulher, chamada Penina. “Mas este passo, motivado pela falta de fé em Deus, não trouxe felicidade. Filhos e filhas foram acrescentados à casa; mas a alegria e beleza da sagrada instituição de Deus foram mareadas, e interrompera-se a paz da família. Penina, a nova esposa, era ciumenta e dotada de espírito estreito, e conduzia-se com orgulho e insolência” (Patriarcas e Profetas, p. 569).


O ideal de Deus não pode ser contrariado sem produzir infelicidade. Não só o oficial da igreja deve ser marido de uma só mulher (1Tm 3:2), mas todo e qualquer cristão fiel a Deus.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sacrifício de Louvor

Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o Seu nome. Hebreus 13:15


Kay Rizzo conta que um pequeno avião transportando quatro médicos, saiu de Anchorage, Alaska, e começou a atravessar o mar de Bering, rumo ao extremo oriental da Rússia. Então, o avião apresentou problemas nos motores. Primeiro um motor começou a falhar e tossir até parar. Enquanto o piloto pedia socorro pelo rádio, o outro motor entrou em pane.

“Treze minutos”, pensou Don, um dos membros do grupo. “Treze minutos é o tempo de graça que teremos até entrar em hipotermia. Oh, Deus”, exclamou ele, enquanto mergulhava nas águas geladas do Mar de Bering.

Voltando à tona, ele se viu cantando um verso do Salmo 118: “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele” (v. 24). Seus companheiros olharam para ele incrédulos. O medo o teria deixado insano? A água gelada teria entorpecido seu cérebro?

Os treze minutos de prazo para congelar passaram. Então quinze, vinte. Ele pensou na esposa e nos filhos em casa, na Califórnia, brincando junto à piscina. Vinte e cinco minutos, trinta, quarenta e cinco. Ao cair na água Don não pensou no hino que deveria cantar.

Ele espontaneamente cantou as palavras que havia memorizado anos antes, como era hábito seu – o hábito de louvar a Deus. Ele havia aprendido a oferecer a Deus, sempre, um sacrifício de louvor.

Do ponto de vista humano, louvar a Deus na adversidade não faz sentido. É mais fácil louvar a Deus nos dias ensolarados, junto a uma mesa repleta dos nossos alimentos favoritos. Mas louvá-Lo nos dias cinzentos ou durante longas noites passadas em claro, sentindo dores, requer sacrifício. Sacrifício de nosso desejo de entender por que certas coisas acontecem.

Uma hora após o piloto ter pedido socorro, um grupo de resgate da Guarda Costeira chegou, esperando encontrar apenas os restos do avião. Mas para sua surpresa, eles tiraram da água todos os seis sobreviventes, e nenhum deles com hipotermia. Milagre? Sem dúvida.
Como Don, precisamos cultivar o hábito de louvar a Deus em qualquer circunstância, não só quando tudo está correndo bem. “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.”

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Poder do Pensamento

Porque, como imagina em sua alma, assim ele é. Provérbios 23:7


Certa vez, um tripulante de um trem ficou acidentalmente trancado no carro-frigorífico. Os demais tripulantes não notaram sua falta e foram para casa, à noite. Quando o homem percebeu que estava trancado no vagão, começou a bater na porta até os seus pulsos sangrarem. Gritou por socorro até ficar rouco e quase sem voz. “Vou morrer congelado antes de alguém me encontrar”, pensou ele.

O pânico tomou conta dele. No frigorífico ele encontrou uma faca e penosamente começou a entalhar uma mensagem no piso de madeira: “Está muito frio, e meu corpo está ficando dormente... Se eu tão-somente pudesse dormir... talvez estas sejam minhas últimas palavras.”

Na manhã seguinte o corpo do homem foi encontrado dentro do frigorífico. Todos os sinais físicos indicavam que ele morrera congelado.

Uma coisa apenas deixou os investigadores intrigados. O frigorífico não estava ligado. A temperatura dentro dele não caíra abaixo de 15º C. Não fora o frio, e sim a convicção do pobre homem que o matou.

Tal é o poder do pensamento, que pode causar inúmeras doenças psicossomáticas e até mesmo a morte. Uma das doenças mais perturbadoras de nosso tempo é a anorexia nervosa (falta de apetite), que afeta principalmente moças entre os 15 e os 25 anos de idade, e já levou várias delas à morte.

Uma jovem com anorexia simplesmente acredita que é gorda demais, não importa seu peso. Você pode lhe mostrar uma foto dela em pele e ossos, parecendo uma vítima de inanição, e ainda assim ela se recusará a comer, alegando que está muito gorda. Imaginem a angústia dos familiares e amigos ao tentarem fazê-la mudar de ideia. Para o anoréxico a realidade não é tão importante como o que ele imagina ser a sua situação. O que você pensa a seu respeito determinará seu futuro.

Um exemplo bíblico do poder da convicção pessoal está na experiência dos doze espias. Ao voltarem de Canaã, eles apresentaram seu relatório, dizendo que o povo “é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas” (Nm 13:28). E quando Calebe conclamou o povo a subir e possuir a terra, “os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (v. 31).

Havia gigantes, cidades muradas, carros de ferro. Mas Josué e Calebe, que acreditavam que Deus é superior a tudo isso, possuíram a terra. Os outros morreram no deserto. Entendeu?

Se você não acreditar, nada vai acontecer.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Versatilidade ou Conformismo?

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente. Romanos 12:2

A rainha Vitória, da Inglaterra, tinha várias filhas. E elas eram como as garotas de hoje: iam à escola, observavam as últimas modas e queriam se vestir como as outras moças. E um dia elas chegaram ao palácio falando alto à sua mãe, dizendo que queriam roupas assim e assim e o chapéu daquele outro jeito. Mas a mãe as atalhou dizendo: “Vocês são filhas da rainha. E as filhas da rainha não seguem a moda. Elas ditam a moda!”


Esse é um bom exemplo para nós, como cristãos. Vivemos em sociedade, mas não pertencemos à sociedade. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Devemos estabelecer padrões de comportamento em vez de nos escravizarmos às imposições da sociedade. É verdade que somos minoria, mas lembremo-nos de que é necessária apenas uma pitada de sal para salgar o alimento todo.


Quando Israel entrou em contato com as nações pagãs, gradativamente se adaptou aos seus costumes. Em vez de influenciá-las, foi influenciado por elas. O resultado foi desastroso, tanto para sua vida espiritual como para a prosperidade temporal. O mesmo ocorreu com as igrejas da Ásia. O mundanismo que as contaminou provocou-lhes a ruína. Sardes tinha nome de que vive, mas estava morta. Laodiceia era morna.


Alguns cristãos imaginam que terão mais influência sobre o mundo se descerem ao seu nível. É um grande engano. Se queremos ensinar as crianças a escrever corretamente, não podemos dar-lhes livros cheios de incorreções ortográficas e gramaticais. O mundo nunca se tornou melhor através de ideais inferiores. Os deuses do paganismo não elevaram a humanidade. De igual modo, não é o cristão “meia-tigela” que influenciará positivamente aqueles que o cercam, mas o que possui ideais elevados e que, com a ajuda divina, vive à altura de sua profissão de fé.


Paulo, como grande evangelizador que era, diz que procedeu “para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus”, e que se fez “fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos” (1Co 9:20, 22). Isso não significa que ele era uma espécie de camaleão, que muda de cor conforme o ambiente, mas que tinha versatilidade para adaptar tanto sua mensagem como seu comportamento às várias classes de pessoas, quando isso não envolvia condescendência com os princípios.


Versatilidade, sim. Conformismo, não.