sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Fim da Jornada!

Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações. 1 Pedro 4:7



É bom chegar ao fim: ao fim de uma semana, ao fim do mês, ao fim do ano. É bom concluir um projeto, como a construção de uma casa, chegar ao fim de um livro e ver como termina a história. É bom chegar ao fim de uma longa viagem.


Em 1968 empreendi longa viagem para a Austrália. Permaneci lá por dois anos e meio e então voltei para o Brasil, em outra longa viagem que durou exatamente um ano. Que alegria regressar à pátria e rever parentes e amigos!


O livro do Apocalipse conta a história de como começou o conflito entre o bem e o mal e de como esse conflito terminará. No capítulo 12, o profeta descreve a luta de Miguel e os Seus anjos contra o rebelde Satanás e seus anjos, os quais foram derrotados e atirados para a Terra. E os últimos capítulos falam da destruição do mal e do júbilo eterno daqueles que amaram a Deus.


Você já deve ter recebido um convite de casamento em que, após o anúncio da recepção, estavam as letras R.S.V.P., que são as iniciais, em francês, de répondez s’il vous plaît (responda, por favor). E no final do Apocalipse está um convite de casamento com as seguintes palavras: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Ap 22:17).


Os noivos o estão convidando a beber a água da vida e esperam ansiosamente por sua resposta. Eles desejam desfrutar a eternidade em sua companhia. Se você responder “sim”, sua jornada terrena terá um final feliz.


Não posso descrever como serão o novo céu e a nova terra que Deus está preparando. Mas os dois últimos capítulos do Apocalipse nos dão um vislumbre desse lugar maravilhoso. Valerá a pena fazer qualquer sacrifício para estar lá.


Gosto de histórias com final feliz. Por que não dar imediatamente a Jesus a resposta que Ele tanto espera: “Sim, sim, sim”?

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dias Piores Virão. Dias Melhores Também!

A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará. Isaías 24:20


Não sabemos o que o novo ano nos trará. A vida pode mudar num abrir e fechar de olhos, através de um acidente, doença, perda de um ente querido, perda do emprego ou mesmo da liberdade. A vida neste mundo é muito frágil.


Todos gostaríamos que as coisas melhorassem. Que tivéssemos mais recursos, mais tempo, mais saúde, mais lazer, mais paz. Mas se cremos na Palavra profética, não há como ser otimista quanto ao futuro neste mundo. Relembremos algumas declarações:


“Está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre a Terra; e, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever” (Educação, p. 180).


“Os juízos de Deus estão na Terra. As guerras e rumores de guerra, as destruições pelo fogo e inundações, dizem claramente que o tempo de angústia, que aumentará até o fim, está às portas” (Beneficência Social, p. 136).


Quando os discípulos se aproximaram de Jesus e Lhe perguntaram que sinal haveria da Sua vinda e da consumação do século (Mt 24:3), Jesus procurou prepará-los para as tribulações vindouras (Lc 21:7-12). Mas explicou o motivo de Deus permitir tais sofrimentos, dizendo: “E isto vos acontecerá para que deis testemunho” (v. 13). Ele não ocultou que os tempos seriam difíceis, mas deu significado às provações. Quando os discípulos fossem levados perante as autoridades, eles teriam a oportunidade única de testemunhar perante reis e governadores e apresentar-lhes a razão de sua esperança. Deus não impediria que sofressem, mas usaria suas experiências para levar aos outros a mesma esperança de salvação que eles possuíam.


Deus está guiando Seu povo, e Ele tem um propósito para nós, mesmo nas provações. Ele pode transformar o mal em bem e as tragédias em triunfos. A certeza que Ele nos dá é que “não se perderá um só fio de cabelo [de nossa] cabeça” (Lc 21:18), isto é, ainda que nos lancem na prisão e matem alguns de nós, o nosso bem-estar eterno não será prejudicado.


Dias piores virão. Dias melhores também: no reino que Ele nos foi preparar.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Apostasia – Um Perigo Constante!

Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. 1 Coríntios 10:12


Toda pessoa é livre para escolher servir a Cristo, e é igualmente livre para virar-Lhe as costas. Uma pessoa pode estar firme em Cristo pela manhã e rejeitá-Lo ao entardecer. Ninguém, nesta vida, atingirá um nível espiritual do qual não possa cair. Daí a importância de manter-se vigilante.



Cristo declarou que havia descrentes entre os Seus próprios discípulos (Jo 6:64), tanto é que muitos deles “O abandonaram e já não andavam com Ele” (v. 66). Alguns perceberam que não seria possível desafiar as autoridades de seu tempo sem sofrer as consequências. Estavam dispostos a seguir a Jesus com “céu de brigadeiro”, mas não sob tempestade. E estava se armando uma tormenta sobre Jesus e Seus seguidores. Outros haviam vindo a Jesus por interesse, e quando sentiram que o discipulado envolveria não apenas receber, mas também dar de si, caíram fora.



A Bíblia está repleta de apóstatas, a partir de Caim. Mas quero me concentrar hoje no caso de Demas, cujo nome é mencionado apenas três vezes. A primeira está em Filemom, onde Paulo chama a Demas e Lucas de “meus cooperadores” (v. 24). Podemos ver aí a grande estima em que Demas era tido: seu nome é mencionado antes do de Lucas, e Paulo o considera um “cooperador”. Na segunda menção a Demas, Paulo diz: “Saúda-vos Lucas, o médico amado, e também Demas” (Cl 4:14). Parece que algo mudou aí, pois Paulo agora menciona Lucas em primeiro lugar, com uma palavra de apreço, e se limita a citar Demas depois, apenas pelo nome. Aparentemente, Demas havia começado a se afastar. Mais tarde, Paulo diz: “Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou” (2Tm 4:10). Aqui temos, em poucas palavras, a história da vida de um homem. Ele não apostatou de um dia para o outro. A chama da sua fé foi se extinguindo lentamente.



A mesma condição existe hoje na igreja. Dificilmente alguém acorda um dia e declara: “A partir de hoje não serei mais cristão. Vou abandonar a Deus, deixar de ler a Bíblia, e sair da igreja.” A pessoa vai se afastando aos poucos, negligenciando a oração, o estudo da Bíblia, a devoção para com Deus, a frequência aos cultos.



Prevenir a apostasia é melhor do que remediar. Continuemos cultivando nossa fé como se cultiva uma planta no jardim. É necessário cuidado constante.



Quando Jesus perguntou aos doze: “Quereis também vós outros retirar-vos?”, a resposta de Pedro deve ser também a nossa: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6:67, 68).

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Separados Hoje, Unidos Amanhã!

Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles [os homens], e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre. Apocalipse 21:4, BV


Hoje, pela morte, podemos estar separados de amigos e entes queridos, mas no futuro, poderemos estar reunidos novamente, pela graça de Jesus, se O conservarmos como o Salvador e Senhor da nossa vida. O verso bíblico acima fala dessa esperança.
Alguém que passou pela dor da separação, escreveu a confortante mensagem que transcrevo a seguir: “Pode nosso corpo mortal morrer, e ser posto na sepultura. Contudo, a bendita esperança vai até a ressurreição, quando a voz de Jesus chamar aos que dormem no pó.
“Sei de que estou falando. Experimentei o tempo em que me parecia estarem as ondas me submergindo; naquela ocasião senti que meu Salvador me era precioso. Quando meu filho mais velho me foi levado, foi muito grande o meu pesar, mas Jesus veio ao meu lado e senti a Sua paz.
“E então, foi levado aquele que por trinta e seis anos estivera junto a mim. [...] Havíamos labutado juntos, lado a lado, no ministério, mas tivemos que juntar as mãos do lutador e depô-lo a descansar na tumba silenciosa. De novo minha tristeza me pareceu grande demais, mas veio após a taça da consolação. Jesus me é precioso. Ele andou ao meu lado [...] e andará ao lado vosso.
“Quando nossos amigos descem à sepultura, eles não nos parecem belos. Pode ser que levemos ao descanso nosso pai ou nossa mãe: quando ressurgirem, as rugas terão desaparecido, mas serão eles mesmos, e os reconheceremos.
“Precisamos estar preparados para ir ao encontro desses queridos amigos, quando reviverem, na manhã da ressurreição [...] Não devemos apegar-nos à esperança que nos é proposta no evangelho, de que seremos semelhantes a Ele, e como Ele é O veremos?” (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 352, 353).

A mensagem acima foi enviada por Ellen White para confortar uma família enlutada pela perda de um parente. É uma mensagem apropriada também para nós hoje, que já tivemos que levar pai, mãe, filho, filha e amigos à tumba silenciosa. Mas isso será por pouco tempo. Logo, o Restituidor da vida virá. “Fluiremos então a plenitude da bem-aventurada e gloriosa esperança. Sabemos em quem temos crido. Não temos crido em vão, nem trabalhado inutilmente. Está perante nós uma rica e gloriosa esperança” (ibid., p. 352).
REFLEXÃO: “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2:13).

domingo, 26 de dezembro de 2010

Trabalho Ingrato!

Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. João 10:2, 3


Uma família estava desfrutando um dia ensolarado na praia. Algumas crianças nadavam, enquanto outras faziam castelos na areia. Ao longe, apareceu uma mulher idosa, baixa, com os cabelos grisalhos esvoaçando. Suas roupas estavam sujas e rasgadas. Ela resmungava, enquanto se abaixava para apanhar objetos da praia, colocando-os dentro de um saco. Os pais chamaram as crianças para junto de si e lhes disseram que se mantivessem longe daquela mulher.


Ao passar, abaixando-se aqui e ali para apanhar algo, ela sorriu para a família, mas não foi correspondida. Algumas semanas mais tarde eles ficaram sabendo que aquela senhora se empenhava em apanhar cacos de vidro da praia, para que as crianças não se cortassem.

Um trabalho ingrato, não remunerado e, muitas vezes, não reconhecido. Há muita gente ocupada em trabalhos ingratos, e mudariam de profissão se tão somente tivessem oportunidade.

Pastorear ovelhas é uma profissão assim, talvez pouco conhecida dos habitantes da cidade. Jacó, ao fugir de seu tio Labão e ser por ele alcançado, lhe deu um retrato das asperezas desse ofício: “Vinte anos estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca perderam as crias, e não comi os carneiros de teu rebanho. Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras; sofri o dano; da minha mão o requerias, tanto o furtado de dia como de noite. De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos” (Gn 31:38-40).

Não é fácil lidar dia e noite com ovelhas mudas, malcheirosas, conduzindo-as às pastagens, protegendo-as de animais selvagens e de ladrões, sofrendo calor de dia, frio à noite, e não podendo dormir. O pastor nunca tem folga. Está sempre vigilante. É um trabalho ingrato, mal remunerado e mal reconhecido.

Pois é exatamente assim que Cristo Se descreve – como um bom pastor, que é capaz de dar a vida pelas ovelhas. Ele conhece cada uma delas pelo nome. Napoleão sabia o nome de milhares de seus soldados. Cristo sabe os nomes de todos os Seus milhões de fiéis. Conhece também cada uma de nossas fraquezas e Se compadece de nós, porque foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança.

Como ovelhas do Seu aprisco, ouçamos-Lhe a voz e nos acheguemos confiantemente a Ele.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Salvação Para os Pastores!

E, ausentando-se deles os anjos para o Céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Lucas 2:15


O Natal nos traz à mente vários elementos que caracterizam o nascimento de Jesus: estrebaria, vacas, manjedoura, Maria olhando para um nenê envolto em panos. Também pensamos em três magos montados em camelos e nos pastores que cuidavam de seus rebanhos à noite, assustados com o anjo que lhes apareceu.


Geralmente consideramos os pastores como indivíduos protetores, destemidos, capazes de enfrentar animais selvagens em defesa do seu rebanho. Sem dúvida, temos boas razões para isso, pois a história de Israel se estende através de uma linhagem de pastores, desde Davi, o pastor que defendia suas ovelhas de leões e ursos, até Abraão, Isaque e Jacó, os pais da nação israelita e, retrocendendo, até Abel, o primeiro pastor. O ofício de pastor, junto com o de agricultor, é o mais antigo do mundo.


No Novo Testamento, Jesus comparou o amor de Deus por Seus filhos extraviados com o de um pastor que sai em busca da ovelha perdida. Em João 10:11, Jesus Se compara ao bom pastor, que dá a vida pelas ovelhas.


Tudo isso sugere que os pastores do tempo de Jesus eram profissionais respeitados, dignos, portanto, de serem os receptores das boas-novas que os anjos lhes anunciaram. Entretanto, o escritor Joaquim Jeremias, que estudou as condições sociais existentes na Palestina nos tempos do Novo Testamento, afirma que os pastores não gozavam de boa reputação, pois eram quase sempre desonestos. Os líderes espirituais de Israel diziam que um pai não devia ensinar essa profissão aos filhos, pois era um “ofício de ladrões”, e equiparavam os pastores aos coletores de impostos e publicanos, tidos como “pecadores”.


Se é assim, por que os anjos anunciaram o nascimento de Jesus a essa classe desprezada, e não a pessoas de prestígio social? A resposta é dada por Jesus, em Lucas 5:31, 32: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.”


E esta é uma boa notícia para nós ainda hoje, pois Deus continua chamando pecadores para o Seu reino.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

"Inimigos no Altar"

O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Lucas 2:10, 11


Era véspera de Natal, em 1942. Alemães e aliados haviam feito uma trégua, mas a cidade de Warrington, na Inglaterra, estava às escuras, como se esperasse um ataque aéreo naquela noite fria.


O padre Richard Rochford deveria rezar a missa da meia-noite na Igreja de Saint Mary, e soldados e civis tatearam pelas ruas escuras até chegarem à igreja. Às 23h30 havia lugar apenas nas três primeiras fileiras, que estavam reservadas.


Dez minutos antes de começar o serviço, as portas da frente se abriram e uma fila de prisioneiros alemães e italianos, escoltados por guardas americanos e ingleses armados, marchou pelos corredores e ocupou os assentos vazios.


Pouco antes da meia-noite o padre Rochford ocupou o púlpito e com a voz embargada explicou que, infelizmente, não haveria música de Natal desta vez, pois o organista havia ficado doente. Um suspiro de desapontamento se ouviu na congregação, e então todos ficaram em silêncio.


Nisso, houve certa agitação entre os prisioneiros alemães, e a congregação ficou alerta para ver o que aconteceria. Um prisioneiro se ergueu e falou com um guarda. Então, escoltado pelo guarda, o prisioneiro caminhou até o altar, inclinou-se perante o padre e assentou-se ao órgão.


Um ar de expectativa encheu a congregação. Será que aquele prisioneiro sabia tocar? Ou pretendia criar confusão e mostrar desrespeito?


Mas logo os maviosos acordes do hino “Noite de Paz” encheram o ambiente, deixando os presentes enternecidos. Eles nunca haviam ouvido alguém tocar essa música com tanto sentimento. Era como se o espírito de Cristo estivesse fluindo dos dedos do organista naquela noite, penetrando no coração dos ouvintes.


O organista continuou tocando os belos e tradicionais cânticos de Natal, levando a multidão às lágrimas. E durante todo o tempo, o guarda permaneceu ao seu lado, com o rifle apontado para o seu coração. Não se poderia imaginar uma cena mais contraditória num momento tão solene.


Ele finalmente parou de tocar e voltou para junto dos demais prisioneiros. O padre então se ergueu e disse: “Este jovem prisioneiro de uma nação inimiga demonstrou, hoje à noite, que os verdadeiros laços de amor, que exemplificam o espírito do Natal, são superiores aos conflitos humanos” (H. N. Ferguson).


Que esse espírito reine em seu coração hoje e sempre.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Você Tem Medo da Perseguição?

Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. 1 Coríntios 10:13


Tadeu era um garotinho de seis anos e estava brincando no quintal com seus primos, quando sentiu sede. Correu para dentro de casa e pediu um copo d’água à tia. Ela abriu a torneira e encheu o copo, mas a água saiu suja de barro. “Não a beba”, disse ela. E deu-lhe um copo de suco. “Às vezes acontece isso no verão”.


O pai dele então disse brincando: “Vai ver que as sete pragas já começaram, e a água se tornou em sangue.” Os outros adultos acharam graça, mas o pequeno Tadeu ficou preocupado. “Será que vai acontecer isso?”


“É o que diz a Bíblia”, respondeu alguém. “Mas só bem perto do fim.”


Tadeu voltou preocupado para o quintal. Ele já ouvira falar do tempo de angústia e da perseguição, e agora pensava na possibilidade de abrir a torneira e sair sangue em vez de água. E, ao crescer, ele continuou a associar o fim dos tempos com pragas terríveis e perseguição.


Um dia, ele assistiu no salão da igreja um filme sobre João Huss e se perguntou: “E se eu for queimado numa fogueira? Será que eu abandonaria a fé ao sentir as chamas me lambendo os pés? E se for torturado e me arrancarem as unhas? E se me apontarem um revólver dando-me a escolha: ou você nega a Jesus ou morre. Será que eu resistiria?” O tempo do fim e a perseguição lhe inspiravam terror.


Então ele se voltou para a Bíblia e encontrou paz e segurança em relação aos eventos finais. Ele encontrou o verso que diz: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10:13).


Jesus disse aos discípulos que eles sofreriam perseguição, mas não deviam preocupar-se com o que deveriam falar, pois o Espírito Santo lhes colocaria na boca as palavras (Mt 10:18-20). Portanto, preocupar-se agora com a perseguição é perda de tempo.


O que temos a fazer é confiar em Deus e desenvolver um relacionamento de amor com Ele, certos de que quando passarmos pela provação Ele estará conosco e nos dará forças para suportá-la (Signs of the Times, março de 2008, p. 58-61 (adaptado).

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Atitude Bondosa!!!

Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. 1 Pedro 3:8, 9



Os que trabalham para Cristo devem ser puros, íntegros e dignos de confiança, sendo também bondosos, compassivos e corteses. Há um encanto no trato dos que realmente são corteses. Palavras bondosas, aspecto agradável e boas maneiras são de inestimável valor. Cristãos descorteses, por sua desconsideração aos outros, demonstram não estar em união com Cristo. É impossível estar em união com Cristo e ser descortês.
Todo cristão deve ser o que Cristo foi em Sua vida na Terra. Ele é o nosso exemplo, não somente em Sua ilibada pureza, mas também em Sua paciência, delicadeza e disposição cativante. Ele era firme como uma rocha no que dizia respeito à verdade e ao dever, sendo, porém, invariavelmente bondoso e cortês. Sua vida era uma ilustração perfeita de verdadeira cortesia. Sempre tinha um olhar bondoso e uma palavra de conforto para os necessitados e oprimidos.
Sua presença criava em casa uma atmosfera mais pura, e Sua vida era como um fermento operando entre os elementos da sociedade. Puro e incontaminado, andava entre os excluídos, os rudes, os descorteses; entre injustos publicanos, ímpios samaritanos, soldados pagãos, rústicos camponeses e a multidão mista. Proferia uma palavra de simpatia aqui, e outra palavra ali, ao ver homens fatigados e compelidos a levar pesados fardos. Partilhava de suas cargas e repetia-lhes as lições que aprendera da natureza, a respeito do amor e da bondade e da benevolência de Deus.
Procurava infundir esperança nos mais rudes e menos prometedores, dando-lhes a certeza de que podiam tornar-se irrepreensíveis e puros, obtendo tal caráter que evidenciasse serem eles filhos de Deus.
O amor de Cristo enternece o coração e abranda toda aspereza nas atitudes. Aprendamos dEle como combinar elevado senso de pureza e integridade com um temperamento agradável. Um cristão bondoso e cortês é o mais poderoso argumento que pode ser produzido em favor do evangelho (ME3, p. 237, 238).

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Encruzilhadas da Vida!

Se quiserdes e Me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada. Isaías 1:19, 20


Hoje desejo chamar sua atenção para uma pequena palavra com grandes implicações. Trata-se da conjunção “se”, que pode exprimir dúvida, incerteza: “Veja se o pedreiro já foi”, ou condição: “Se você estudar, aprenderá.”


Dois homens esbarraram um no outro numa estação ferroviária na Áustria. Um deles era alcoólatra, e estava pedindo dinheiro para comprar uma garrafa de vinho. O outro lhe perguntou como ele havia chegado a essa situação, vivendo embriagado. O pedinte respondeu que desde o começo, a vida lhe havia sido cruel. Sua mãe havia morrido quando ele era criança; seu pai espancava sem piedade a ele e a seus irmãos. Então veio a Primeira Guerra Mundial, e a família se separou. “Veja”, disse ele, “eu nunca tive escolha. Setivesse crescido como eu, você também estaria nesta condição.”


O outro homem respondeu: “Isto é muito estranho. Minha infância foi muito semelhante à sua. Eu também perdi minha mãe quando era criança. Meu pai era um homem brutal, e batia sem piedade em mim e em meus irmãos. A guerra também me separou de minha família. Entretanto, eu achei que devia superar essas circunstâncias em vez de ser derrotado por elas.”


Os dois homens continuaram conversando e fizeram uma descoberta extraordinária: eram irmãos carnais, há muitos anos separados pela guerra! Procediam de circunstâncias idênticas, mas um deles se tornou bem sucedido, enquanto o outro tornou-se um fracassado.


Deus nos deu o poder de escolha para todas as situações da vida, e isto inclui escolher Cristo ou rejeitá-Lo. A Bíblia está repleta de exemplos de encruzilhadas na vida de seus personagens, os quais tiveram de optar quanto ao caminho a seguir. Elias disse ao povo: “Até quando vocês vão ficar em dúvida sobre o que vão fazer? Se o Senhor é Deus, adorem o Senhor; mas, se Baal é Deus, adorem Baal!” (1Rs 18:21, NTLH). Josué expôs claramente as duas opções que Israel tinha diante de si, bem como suas respectivas consequências: “Se guardares o mandamento que hoje te ordeno, [...] então, viverás e te multiplicarás [...]. Porém, se o teu coração se desviar, [...] certamente perecerás” (Dt 30:16-18). Jesus advertiu: “Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13:5).


Quando você chegar a uma encruzilhada na estrada da vida, opte por aquela que o conduzirá a Deus e aos portais eternos.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Último Presente!

Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã. Salmo 30:5


Estela sabia que seu marido não viveria até o Natal. Em janeiro daquele ano os médicos haviam diagnosticado câncer terminal nele, e seu mundo havia desmoronado. Durante os meses que se seguiram Davi havia colocado seus negócios em ordem e dera instruções a Estela sobre como conduzir tudo. A única coisa que ele não lhe ensinara foi como viver sem ele.


E agora ele se fora, deixando nela um grande vazio. A solidão pesava sobre ela roubando-lhe energia e capacidade para desfrutar a vida, mesmo às vésperas do Natal. Chovia forte. Ela olhou pela janela e soluçou: “Oh, Davi, que saudade eu tenho de você!”


Lágrimas corriam-lhe pela face quando a campainha tocou. Quem poderia ser em meio a essa chuvarada? Ela enxugou os olhos e foi atender. Junto ao alpendre estava um jovem com uma caixa de papelão.


– Dona Estela? Tenho uma encomenda para a senhora.


Ela abriu a porta e ele entrou, depositando a caixa no chão. Então lhe entregou um envelope. Nesse momento um latido veio de dentro da caixa. Era um cãozinho Labrador dourado. O jovem então lhe disse:


– É seu. Ele está com seis semanas e é totalmente caseiro. Devíamos entregá-lo na véspera do Natal, mas os funcionários do canil vão entrar em férias amanhã. Espero que a senhora não se oponha a um presente adiantado.


Enquanto Estela gaguejava querendo explicações, o jovem disse que o marido dela o havia comprado e o deixara no canil. Era o seu último presente para ela. Em seguida foi até o carro e trouxe mais uma caixa, contendo ração, correia e um folheto intitulado “Como cuidar do seu cão Labrador”.


Estela abriu o envelope e leu a carta, escrita pelo marido três semanas antes de falecer:


“Querida Estela,


De todas as cartas que já lhe escrevi, esta é a mais difícil. Como poderei traduzir em palavras tudo o que sinto por você? Você foi a melhor esposa que um homem poderia ter. Sei como o meu câncer foi difícil para você. Não sei de onde você tirou forças para cuidar de mim, nunca reclamando de nada. Você é uma mulher forte. Quando estiver lendo esta carta eu já terei partido. Mas não será para sempre. Um dia estaremos juntos novamente. Para você não se sentir tão sozinha estou lhe mandando este filhote de Labrador. Espero que ele seja um bom companheiro. Com todo o amor, Davi.”


Estela abraçou o cãozinho e este lambeu-lhe a face. Ela então sentiu uma paz imensa invadir-lhe o ser, como se o Pai celeste a estivesse abraçando.


Ele quer abraçar você também e trazer-lhe conforto.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Uma Luz nas Trevas!

O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. Mateus 4:16


O piloto decolou em seu pequeno avião e rumou para uma cidade do interior. O Sol já se punha atrás de uma montanha, quando ele avistou o campo de aviação ao longe. Ao manobrar a aeronave, colocando-a em posição para aterrissar, a noite já havia caído. Não conseguia mais enxergar a pista. O avião não possuía faróis, e não havia ninguém de plantão no aeroporto. A pista estava totalmente às escuras. Não possuindo instrumentos de comunicação, o piloto não teve outra alternativa senão continuar voando em círculos sobre o aeroporto.


À medida que o combustível ia se esgotando, crescia o pânico. O piloto sabia que se espatifaria no solo quando a última gota de gasolina fosse consumida. Por duas horas sobrevoou o aeroporto em trevas, aguardando o desfecho final.


Foi então que o milagre aconteceu. Um homem, lá embaixo, ouviu o ronco persistente do motor do avião e compreendeu o drama. Rapidamente tirou seu carro da garagem e dirigiu-se para o aeroporto. Com os faróis acesos começou a andar pela pista de uma ponta a outra, ida e volta, muitas vezes, a fim de mostrar ao piloto o local e a direção em que devia pousar.


Finalmente, parou o carro na cabeceira da pista com os faróis acesos, iluminando-a. E o avião condenado desceu em segurança.


O mundo está cheio de pessoas andando em círculos, tateando em meio às trevas. Não têm esperança de salvação. Aguardam apenas o momento final do desenlace. Ou que alguém lhes ilumine o caminho.


Desde a entrada do pecado no mundo as pessoas tinham vivido “na região e sombra da morte”. Mas, vindo a plenitude dos tempos, “o povo que jazia em trevas viu grande luz”. Essa luz era e é Jesus Cristo. É Ele próprio quem afirma: “Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8:12).


O povo de Deus tem o sagrado dever de levar a luz de Cristo às multidões que andam dispersas como ovelhas que não têm pastor, para que as portas do reino de Deus também se abram para elas.


E essa responsabilidade é minha e sua.