segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Perfeitos Como Deus

Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Mateus 5:48


Muito cristão já abanou a cabeça em perplexidade ao ler estas palavras de Cristo. À primeira vista parece que Ele está pedindo de nós, falíveis seres humanos, algo impossível, já que “não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Sl 14:3, Rm 3:12).


É preciso notar, porém, que neste trecho do Sermão do Monte, Jesus está falando do amor ao próximo. E o que tem a ver o amor ao próximo com a perfeição semelhante à de Deus? Vejamos:


William Barclay explica que a palavra grega para perfeito é teleios, que dá a ideia de perfeição funcional. “Uma coisa é perfeita se cumpre o propósito para o qual foi criada.” Exemplo: Suponhamos que em minha casa haja um parafuso frouxo e eu queira apertá-lo. Eu apanho uma chave de fenda do tamanho certo, coloco-a na fenda do parafuso e noto que ela se ajusta perfeitamente. Então viro a chave de fenda até o parafuso ficar apertado. No sentido grego, essa chave de fenda é perfeita, porque cumpriu exatamente o propósito para o qual foi criada.


Assim também o homem será perfeito se ele cumprir o propósito para o qual foi criado. E qual é esse propósito? No relato da criação, encontramos Deus dizendo: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança’ (Gn 1:26). Aí está: o homem foi criado para ser semelhante a Deus. E a maior característica de Deus é amar tanto os bons como os maus, tanto os justos como os injustos (Mt 5:45).


E quando o homem reproduz em sua vida esse amor incansável e perdoador de Deus, ele se torna perfeito no sentido neotestamentário da palavra. Dizendo isto em outras palavras, o homem que mais se interessa pelo próximo é o homem mais perfeito.


Se há uma coisa que nos torna semelhantes a Deus esta é o amor que nunca deixa de se importar com os outros, sejam eles merecedores ou não.


Atingimos a perfeição cristã quando aprendemos a perdoar como Deus perdoa, e a amar como Deus ama” (The Gospel of Matthew, v. 1, p. 176, 177).


Ellen White diz: “Como Deus é perfeito em Sua elevada esfera de ação, assim o homem pode ser perfeito em sua esfera humana. O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 365).


No dia em que conseguirmos amar tanto a justos como a injustos seremos perfeitos em nossa esfera como Deus o é na Sua.

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