terça-feira, 17 de agosto de 2010

No Corredor da Morte

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará. Mateus 6:14


Michael Ross foi preso no Estado de Connecticut, EUA, e condenado à morte por violentar e matar oito mulheres. Enquanto aguardava a execução, escreveu algumas interessantes Reflexões Sobre o Perdão. Diz ele:


“Sou o pior dentre os piores em minha unidade. Matei mais pessoas do que o restante dos prisioneiros juntos, no corredor da morte. No entanto, pela graça de Deus, eu hoje tenho mais paz mental e mais liberdade do que os demais prisioneiros.


Não estou falando de liberdade física. A minha liberdade transcende o mundo físico. É uma liberdade que poucos compreendem; na verdade, muitas pessoas aqui na prisão zombam de mim quando falo sobre isso. A liberdade que experimento só pode ser alcançada através da graça de Deus.


Sou grato a Deus por ter-me perdoado os crimes que cometi contra a humanidade. Se as famílias de minhas vítimas algum dia serão capazes de me perdoar, eu não sei, embora eu ore para que elas consigam. O que sei é que Deus me ensinou a perdoar aqueles que me feriram, e aí reside grande parte da liberdade que desfruto” (Signs of the Times, julho, 1998, p. 18-22).


Ele descreve também o abuso mental e físico que sofreu de sua mãe, quando criança, e o ódio que dela sentia. Mas gradualmente, na prisão, descobriu que esse ódio o estava destruindo. Então um amigo lhe enviou alguns livros sobre o perdão, nos quais aprendeu que “o ressentimento é comparado a segurar uma brasa viva nas mãos, com a intenção de jogá-la no seu ofensor, enquanto você próprio se queima”.


Após anos de apoio de seu conselheiro espiritual e de seus amigos, ele pôde finalmente dizer: “Eu a perdoo, mãe!” Não foi fácil enfrentar seu passado doloroso, mas durante esse período ele descobriu uma das grandes verdades da vida: Podemos encontrar paz interior somente quando nos convencemos de que precisamos mudar a nós próprios e não as pessoas que nos feriram.


Michael Ross foi executado no dia 13 de maio de 2005, após passar 18 anos no corredor da morte.


O perdão é um dos pontos básicos do cristianismo. Deus está disposto a nos perdoar, não importa quão longe tenhamos ido no pecado. Em troca, Ele nos pede que perdoemos aos nossos devedores.


Pode não ser fácil, mas o perdão é o caminho para a paz.

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