quarta-feira, 30 de junho de 2010

ACAMPAMENTO DE VERÃO 2011

VEM AI O ACAMPAMENTO DE VERÃO 2011, NÃO PERCA TEMPO FAÇA SUA INSCRIÇÃO!!!

"Lições espirituais da natureza"

Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. Romanos 8:22


Quando Deus criou Adão e Eva, não lhes deu um palácio para morar, mas um belo jardim, para que o santo par fosse parte integrante da natureza e pudesse apreciar de perto as maravilhosas obras de Deus e seu coração se voltasse continuamente para o Grande Artista.

Essa integração entre o ser humano, as plantas e os animais era perfeita e harmoniosa até o dia em que o pecado entrou em nosso planeta e estragou tudo. A partir de então surgiram os espinhos e cardos.

Dentes e garras passaram a fazer parte do mundo animal, e apareceram pragas que nos molestam até hoje. (Às vezes me pergunto por que é que Noé não deu uma chinelada naquele casal de mosquitos que entrou na arca.) Por causa de uma desobediência aparentemente pequena e inconsequente, “toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora”.

Apesar de tudo, a natureza, que o pecado e o homem ainda não conseguiram destruir, revela resquícios daquela beleza original que um dia será restaurada e talvez superada.

Ao viver entre nós, Jesus demonstrou interesse no mundo natural e extraía preciosas lições espirituais de pessoas, animais e plantas. Como preparativo para Seu ministério, retirou-Se para o deserto, a fim de meditar e orar, e então passou a ensinar as multidões à beira-mar ou no alto dos montes.

Cristo nos convida a observar a natureza, em busca de conforto e enlevo espiritual, ao dizer: “Observai os lírios” (Lc 12:27); “observai os corvos” (Lc 12:24); “vai ter com a formiga” (Pv 6:6); “pergunta agora às alimárias [...] e às aves dos céus [...] ou fala com a terra [...] até os peixes do mar to contarão” (Jó 12:7, 8). Também nos adverte: “Eis que Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10:16).

Quando Jesus voltar, dando início ao Seu reino de glória, toda a criação será restaurada à sua perfeição original. Então voltará a haver perfeita integração entre o homem e os reinos animal e vegetal.

O profeta Isaías assim descreve essa nova era em que não haverá mais qualquer vestígio do pecado: “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi [...] Não se fará mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor” (Is 65:25).

Então, homens, mulheres, crianças e animais substituirão os gemidos por louvores a Deus. Aguardemos com fé e esperança esses dias melhores e sem fim.

terça-feira, 29 de junho de 2010

"Qualidades do Bom Pescador"

Caminhando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Mateus 4:18

A pesca é uma das atividades mais antigas que existem. E ao longo do tempo o pescador se tornou conhecido por suas histórias, nem sempre muito dignas de crédito.

O povo de Israel praticava a pesca no Egito, onde comia peixe “de graça” (Nm 11:5). Em Israel, pescava-se especialmente no mar da Galileia e em alguns poucos rios. “O fato de que uma das portas de Jerusalém era chamada de Porta do Peixe, indica que havia um mercado de peixe na cidade” (SDABD, v. 8, p. 352).

Como sabemos, vários discípulos de Jesus eram pescadores. Eles estavam ocupados em seu ofício, lançando redes, quando Cristo os chamou, oferecendo-lhes uma promoção – em vez de apanhar peixes eles se tornariam agora pescadores de homens. Sem dúvida, uma tarefa mais difícil, mas bem mais compensadora.

Barclay afirma que para alguém se tornar um bom pescador de homens deve possuir as seguintes qualidades de um pescador:

1. Paciência. Ele espera pacientemente que o peixe apanhe a isca. O mesmo ocorre com o pescador de homens. Tanto na pregação como no ensino é raro haver resultados imediatos. É preciso aprender a esperar.

2. Perseverança. Ele não se abate quando não tem êxito, mas sempre tenta de novo. O bom pregador e mestre não deve desanimar quando nada parece acontecer. Ele precisa insistir e tentar outra vez.

3. Coragem. Ele deve estar disposto a enfrentar a fúria do mar e do vento. O bom pregador e mestre precisa estar consciente de que é sempre perigoso dizer a verdade às pessoas. Talvez ele tenha de enfrentar a fúria de Satanás.

4. Saber o momento certo. O pescador experiente sabe que há ocasiões em que é inútil pescar. O bom pescador de homens sabe escolher o momento. Ele sabe que há tempo de falar e tempo de ficar em silêncio.

5. Adaptar a isca ao peixe. Um peixe é atraído por determinado tipo de isca, e outro não. O pregador inteligente sabe que o mesmo método não pode ser aplicado a todas as pessoas.

6. Não se mostrar. Ainda que ele mostre apenas sua sombra, o peixe certamente não morderá a isca. O pregador sábio sempre procurará apresentar Cristo, não a si mesmo. Seu objetivo é fazer com que as pessoas olhem para Jesus.

Hoje é o Dia do Pescador. Lance o seu pão sobre as águas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Deus Quer Que os Bandidos se Convertam!

Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Ezequiel 33:11


O que você sente quando fica sabendo que um bandido, que cometeu vários crimes hediondos, foi morto pela polícia?

Nossa reação natural, como seres humanos, é exclamar: “Bem feito. Teve o que merecia!” Em seu tempo, Salomão já dizia que “há gritos de alegria quando morre um homem mau” (Pv 11:10, NTLH).

Davi chegou a expressar, em oração, o desejo de que os ímpios recebessem aqui mesmo o castigo por seus maus atos: “Ó Deus, quebra-lhes os dentes na boca; arranca, Senhor, os queixais aos leõezinhos” (Sl 58:6). “Caiam sobre eles brasas vivas, sejam atirados ao fogo, lançados em abismos para que não mais se levantem” (Sl 140:10).

Deus, porém, não é assim. Ele ama até mesmo os piores criminosos e quer que eles abandonem sua vida de crimes e pecados e se salvem.

Ainda hoje há religiões cristãs que aceitam a ideia de que as pessoas foram predestinadas para a salvação ou para a perdição. E que alguém que foi predestinado para a salvação não poderá se perder. A Bíblia, porém, ensina que é possível mudar de lado enquanto houver vida: o justo pode apostatar e o pecador se converter. Paulo diz: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co 10:12).

Quem aceitou Jesus Cristo como seu Salvador, mas desistiu, terá o seu nome apagado do Livro da Vida (Ap 3:5). A salvação somente é assegurada àquele que perseverar até o fim (Mt 24:13), a quem for fiel até a morte (Ap 2:10).

Por outro lado, se não houvesse esperança para o pecador, a morte de Cristo teria sido em vão. A Palavra de Deus está repleta de promessas, mostrando que Jesus veio buscar e salvar o perdido (Lc 19:10), que Deus é longânimo, “não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3:9).

Da mesma maneira como uma vida reta no passado não justifica a impiedade presente, assim também a impiedade passada não exclui o pecador da graça presente, não importa quão longe tenha ido. Deus deixa claro que o Seu maior desejo é que o pecador se converta dos seus maus caminhos e viva, em vez de sofrer agora ou no porvir, as trágicas consequências de uma vida perversa.

domingo, 27 de junho de 2010

“O Ano Mais Difícil de Minha Vida” – 2

Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí. Jeremias 31:3


Débora orou e leu os profetas durante o verão. Artur corria três quilômetros por dia e até mesmo levou os dois filhos gêmeos para fazer trilha. Mas quando suas costas doíam ou ele se sentia cansado, ele e a esposa sabiam o que cada um estava pensando.

Então Artur ficou muito doente. Os médicos fizeram uma cirurgia para desbloquear os intestinos. E quando o resultado da biópsia deu positivo, Débora teve a certeza de que o homem que a havia acompanhado durante a metade de sua vida, era agora um paciente terminal.

Nesta hora difícil, ela precisava de Deus mais do que nunca. Ela abriu a Bíblia e leu: “Tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza” (Jr 31:13). Essa promessa parecia muito distante. Mas assim mesmo, ela se sentiu abraçada por Deus.

Artur foi piorando e precisou de mais uma cirurgia. Débora não queria que ele morresse no hospital, e duas semanas depois o trouxe para casa. Os dias em casa eram uma alternância de momentos de ternura, muito trabalho e exaustão.

Artur agora não mais se movia nem falava. Ela queria orar, mas o que deveria pedir? Então clamou: “Senhor, onde está a Tua misericórdia?”

Deus lhe respondeu na mente: “A Minha misericórdia nem sempre é o caminho mais fácil.”

Ela ficou irada com essa resposta e retrucou: “É essa a resposta que Tu me dás enquanto eu vejo morrer a pessoa que mais amo nesta vida?”

Deus deixou que ela derramasse os seus sentimentos sobre Ele, e lhe disse: “E se Eu não estivesse aqui?”

“É verdade”, pensou ela. “Eu me sentiria terrivelmente sozinha”. Mas Débora não estava sozinha, pois a misericórdia de Deus estava sendo estendida a eles. Isto não mudaria sua dor, mas a ajudaria a suportá-la. Mais tarde ela leu Lamentações 3:22 e sublinhou esse texto: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim.”

Artur faleceu na manhã do dia 14 de fevereiro. Ela havia vivido o ano mais difícil de sua vida. E durante todo esse tempo Deus usou os profetas do Antigo Testamento para trazer-lhe conforto.

sábado, 26 de junho de 2010

“O ano mais difícil de minha vida” – 1

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos. Lamentações 3:22


Débora não tinha vontade de estudar os profetas do Antigo Testamento, pois os considerava de difícil compreensão. Durante 20 anos ela evitou ler essa parte das Escrituras. Mas foi justamente ali que ela encontrou auxílio, ao saber que seu marido Artur estava com câncer.

Após uma noite insone, em que sentiu muito medo, ela leu, pela manhã, o capítulo oito de Isaías. Enquanto lia, pensava:

“Será que Artur vai me deixar? E se ele morrer? Como poderei criar sozinha nossos quatro filhos?” Em meio a essa angústia ela leu a palavra temor, e se concentrou na leitura: “Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai; seja Ele o vosso temor, seja Ele o vosso espanto. Ele vos será santuário” (Is 8:13, 14).

Ela pensou: “Deus mantém minha situação sob Seu controle, e Ele quer o meu temor, não um temor que produz insônia e lágrimas, mas confiança.”

Débora memorizou esse verso, pois precisava de algo que amenizasse seus temores. Então o médico lhe disse que a biópsia havia mostrado células cancerígenas nos tecidos e no sistema linfático. “Se o câncer retornar”, disse ele, “seu marido entrará em fase terminal.”

Ela continuou se agarrando desesperadamente a esse texto durante as seis semanas de radioterapia e uma cirurgia para corrigir lesões nervosas. Mas não conseguia orar pedindo que Deus curasse Artur.

O pensamento de perdê-lo doía tanto, que ela mal conseguia puxar o fôlego entre um soluço e outro. Então clamou a Deus: “Senhor, Tu sabes o quanto eu desejo que Artur viva, mas tenho medo de Te pedir que o cures, pois acho que não aceitaria um “não” como resposta. E se eu sentir amargura e ira para contigo, eu perderei não só Artur, mas a Ti também. Eu não quero que Artur morra, mas não sei como orar.”

E Deus novamente usou um profeta para ajudá-la. Desta vez foi Daniel. Ela leu a corajosa resposta que Sadraque, Mesaque e Abednego deram ao rei, a caminho da fornalha de fogo ardente: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste” (Dn 3:17, 18).

As palavras de Sadraque, Mesaque e Abednego lhe deram coragem para orar: “Senhor, por favor, cura o Artur. Tu tens poder para mudar as células. Mas não importa o que acontecer, eu quero Te servir.”

Amanhã veremos a resposta de Deus.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

“Vou morrer livre”

Quando amanheceu, os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem: Põe aqueles homens em liberdade. Atos 16:35


O Pastor Humberto Noble Alexander foi um moderno herói da fé. Nasceu em Cuba, em 1934, e se tivesse vivido sua religião em silêncio, nada lhe teria acontecido. Mas o jovem pregador insistia em levar pessoas a Jesus, e por isso foi considerado um contrarrevolucionário.

Um dia, os policiais foram à sua casa e lhe disseram cortesmente:

– Você se importaria de nos acompanhar até à delegacia? Não vamos demorar nem cinco minutos.

Mas aqueles cinco minutos se tornaram 22 anos de sofrimentos indescritíveis. Ele foi acusado de tramar a morte de Fidel Castro e sentenciado à prisão de Isle de Pines, um dos mais desumanos e brutais sistemas penitenciários do mundo, criado para quebrar o moral dos seus 6.000 prisioneiros e aumentar a produtividade da ilha através do uso de mão-de-obra escrava.

Durante 42 dias ele foi torturado. Então o deixaram sem comer por seis semanas, exigindo que abandonasse sua fé em Cristo. E quando Alexander se recusou a trabalhar no sábado, ele e seus irmãos adventistas foram colocados dentro de uma fossa cheia de esgoto. Por quatro sábados seguidos eles louvaram a Deus, cantando hinos, com esgoto até o queixo. Finalmente os guardas os deixaram guardar o sábado em paz.

De algum modo, Noble Alexander conseguiu uma Bíblia e começou a realizar cultos. Todas as noites os prisioneiros – católicos, batistas, pentecostais e adventistas se reuniam, cantavam e oravam juntos, unidos por sua fé em Cristo. Apesar dos sofrimentos e mortes, em quatro anos, a pequena “igreja” cresceu até atingir 200 frequentadores. Em seu livro I Will Die Free (Vou Morrer Livre), Noble Alexander escreve que todas as noites os guardas vinham até onde eles estavam, selecionavam alguns prisioneiros e os levavam para fora, onde eram fuzilados.

Noble Alexander conseguiu sobreviver. Em 1984 Jesse Jackson, candidato a presidente dos Estados Unidos, negociou sua libertação e deportação para os Estados Unidos, onde viveu e morreu em liberdade, em 2002.

A liberdade é um bem precioso que só é devidamente apreciado quando se perde. Desfrutemos a liberdade que temos para conduzir pessoas a Jesus, o qual “nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1:13).

quinta-feira, 24 de junho de 2010

As Recusas de Cristo

Salva-Te a Ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! Mateus 27:40


Embora o ministério terreal de Cristo tenha sido rico em milagres, Ele começou dizendo “não”. Após 40 dias de jejum no deserto, Ele Se achava fisicamente debilitado. O inimigo, julgando ser este o momento ideal para tentá-Lo, aproximou-se e O desafiou a provar Sua divindade transformando pedras em pães.

Com o poder de que estava dotado, Ele podia ter feito isso com um estalar de dedos. Mas Jesus Se recusou a operar milagres em benefício próprio, não só desta vez, mas em outras oportunidades também. O poder que Deus Lhe dera deveria ser utilizado apenas em favor de outras pessoas. O Filho do Homem não havia vindo ao mundo “para ser servido, mas para servir” (Mt 20:28). Posteriormente Ele alimentaria miraculosamente 5.000 pessoas, mas não alimentou a Si mesmo através de um milagre. Ele salvou os outros, não a Si mesmo.

Em outra ocasião, Jesus Se recusou a atender um pedido aparentemente aceitável. Em Marcos 5 lemos a narrativa do endemoninhado geraseno. Quando os demônios rogaram a Jesus que os deixasse entrar na manada de porcos, Ele o permitiu. Quando os gerasenos, apavorados com o prejuízo financeiro causado pelo afogamento dos porcos, vieram pedir-Lhe que Se retirasse da terra deles, Jesus os atendeu. Mas quando o endemoninhado, agora curado, Lhe pediu para ficar com Ele, Jesus recusou o pedido e ordenou-lhe: “Vai para casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” (Mc 5:19).

Teria sido muito agradável ao ex-endemoninhado desfrutar a companhia do Mestre. Quem não gostaria? A recusa de Cristo talvez tivesse entristecido o homem. Mas ao despedi-lo, Cristo estava ensinando-o, e a todos nós, a grande verdade de que somos salvos para salvar, não para desfrutar egoisticamente a salvação. E os nossos familiares devem ser os primeiros a ser salvos.

Finalmente, na cruz, Jesus Se recusou a atender ao desafio dos sacerdotes, escribas, anciãos e demais pessoas, que Lhe diziam: “Salva-Te a Ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! Desça da cruz, e creremos nEle” (Mt 27:40, 42).

Felizmente, Cristo não os atendeu. E essa recusa salvou o mundo. Se você ainda não se deixou atrair pelos encantos de Cristo, talvez seja conquistado para Ele por Suas recusas.

Pois Ele está a serviço de um mundo caído mesmo quando diz “não”.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Rico, Famoso e Solitário

E Me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo. João 16:32


Luís Palau escreveu que, seis semanas antes de morrer, Elvis Presley foi entrevistado por um repórter, o qual lhe perguntou:

– Elvis, ao começar sua carreira musical, você disse que queria três coisas na vida: ser rico, famoso e feliz. Você é feliz?

Elvis respondeu que se sentia solitário. Rico, famoso, mas solitário.

Talvez você também se sinta solitário, não importa sua condição financeira, e mesmo estando cercado por muitas pessoas. As pessoas mais solitárias do mundo moram em cidades grandes, com milhões de habitantes.

Algum tempo atrás o jornal Portland Oregon publicou a notícia de um conhecido psicólogo clínico que se suicidou. Ele havia deixado um bilhete, com a seguinte mensagem: “Esta noite eu me sinto cansado, sozinho e velho. Vocês só compreenderão completamente estes sentimentos quando também se sentirem cansados, sozinhos e velhos.”

Que ironia! Um homem preparado para ajudar pessoas a encontrar significado para a vida, não conseguiu descobrir sentido para a própria existência!

Esse vazio, comum a todos os seres humanos, não é simplesmente uma questão psicológica. É um problema espiritual, causado por nossa separação de Deus. As tentativas de abafar os sentimentos de solidão são infrutíferas, porque o vazio sempre retorna. Rejeitar a Deus causa isolamento e solidão.

A única maneira de derrotar esse tipo de solidão, que alguns chamam de “solidão cósmica”, é nos voltarmos para Deus em busca de companheirismo. Jesus Cristo prometeu: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13:5). Esta é uma promessa valiosa em períodos de depressão, e parece ser uma referência a Deuteronômio 31:6: “Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco; não vos deixará, nem vos desamparará.”

Deus fez esta mesma promessa a vários dos Seus antigos santos: Jacó (Gn 28:15), Josué (Js 1:5), Salomão (1Cr 28:20) e outros, e pode ser também apropriada pelos crentes modernos.

Jesus, em Sua hora de maior necessidade, foi abandonado pelos discípulos. Mas a ausência de auxílio humano foi contrabalançada pela presença constante do Pai celeste. E essa mesma presença é prometida a todos nós. Ele garante que jamais nos abandonará.

Creia nisso e sinta-se bem acompanhado.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Galanteio à Moda Antiga!!!

Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó querida minha. Cantares 1:9


A Bíblia é um livro oriental e sua linguagem está repleta de expressões que chocam a mente ocidental. Um exemplo desse fato está no texto de hoje, em que Salomão – um homem muito habilidoso no trato com as mulheres – compara a amada Sulamita às éguas dos carros de Faraó.

A Sulamita deve ter-se sentido lisonjeada com tais palavras. Entretanto, se um rapaz de nossa sociedade quisesse imitar Salomão e comparasse a namorada a uma égua, estaria cometendo uma grosseria que talvez lhe custasse um olho roxo.

Por que essa diferença de reação? Simplesmente porque os tempos, as circunstâncias e a cultura são outros. Mil anos antes de Cristo, na Palestina, comparar uma jovem às éguas dos carros do Faraó era considerado um elogio, pois as parelhas de tais carros eram animais de estirpe, luzidios, ricamente adornados com metais preciosos, laços e plumas, o que os tornavam realmente figuras elegantes e admiradas.

Por isso, o que naquela época, no Oriente, era elogio, hoje, no Ocidente, é grosseria. Aqui e agora rapazes e mocinhas se comparam com gatinhos e gatinhas. Entre nós a comparação com eqüinos é sempre ofensiva.

O tempo que nos separa de Moisés, o autor do Pentateuco, é de mais ou menos 3.500 anos. Nesse longo período não somente a linguagem, mas também a cultura e as circunstâncias mudaram muito. A falha em observar esses fatores tem levado as pessoas a praticar inúmeras distorções das verdades bíblicas.

Temos um desses exemplos no livro de Gênesis, capítulo 3, onde se acha o relato da queda do ser humano. E como uma das conseqüências do pecado, a mulher sofreria durante a gravidez, e “em meio de dores” daria à luz filhos (v. 16). Por causa dessa afirmação, há extremistas que se opõem a anestesia e qualquer outro método que alivie as dores do parto.

Outros lêem: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1:28), e se recusam a fazer qualquer planejamento familiar, entendendo que essa ordem divina pressupõe ter o maior número possível de filhos.

Qualquer método anticoncepcional seria, nesse caso, contrário à vontade de Deus.

A necessidade de se explicar a Escritura é indicada pelo episódio entre Filipe e o eunuco. Este último estava lendo o livro do profeta Isaías, quando Filipe se aproximou e perguntou-lhe: “Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar?” (At 8:30, 31).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

"Removendo Montanhas"

Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível. Mateus 17:20


Uma senhora tinha de subir e descer um monte todos os dias, a fim de buscar água. Era muito cansativo. Então, ao ler essas palavras de Jesus, acreditou que, através de fervorosa oração, poderia remover aquele monte e tornar sua vida mais fácil. Todos os dias ela orava e, pela manhã bem cedo, a primeira coisa que fazia era olhar pela janela para ver se o monte havia se mudado dali. Mas ele continuava firme, no mesmo lugar, e deve estar lá até hoje, a menos que tratores o tenham removido.

Quando Cristo falou sobre remoção de montanhas, talvez tenha apontado para o monte onde havia ocorrido a Transfiguração. Ele não estava sugerindo aos discípulos utilizar a oração para realizar trabalhos de terraplenagem, removendo montes de um lado para outro. Em Seu tempo, “os judeus apelidavam qualquer rabino que se destacasse por sua grande inteligência, intuição ou caráter, de removedor de montanhas. Provavelmente Jesus tinha essa ideia em mente, quando Se referiu ao poder de remover montanhas” (Champlin).

Vemos aqui, mais uma vez, o problema de se interpretar literalmente o que é figurado. Jesus estava falando dos grandes obstáculos que Seus discípulos encontrariam ao se envolverem na pregação do evangelho. Em outras palavras, o que Ele queria dizer era: “Se vocês tiverem fé suficiente, todas as dificuldades serão resolvidas, e mesmo a tarefa mais difícil será cumprida.” Fé em Deus é o instrumento que capacita as pessoas a remover os obstáculos que bloqueiam o caminho delas.

Os discípulos haviam fracassado na tentativa de curar o jovem lunático, que, na verdade, era endemoninhado. “Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino” (Mt 17:18). Então os discípulos perguntaram a Jesus por que não haviam conseguido expulsá-lo. E a resposta foi: “Por causa da pequenez da vossa fé.”

Os discípulos não tinham, em si mesmos, tal poder. Precisaram fracassar para aprender a não se gloriar na própria força.

Muitas pessoas têm religiosidade, mas não fé. A fé surge quando colocamos em prática o que cremos.

Qual é o tamanho da sua fé?

domingo, 20 de junho de 2010

Antes que Chegue o Inverno!

Apressa-te a vir antes do inverno. 2 Timóteo 4:21


Amanhã começa o inverno, e por isso achei apropriado utilizar alguns pensamentos do famoso sermão “Come Before Winter” (Venha Antes do Inverno), de Clarence Macartney.

Ao escrever a segunda carta a Timóteo, Paulo se achava aprisionado em Roma, aguardando o julgamento e possível condenação. Paulo sabia que a vida dele estava no fim. O imperador Nero jogara a culpa do incêndio de Roma sobre os cristãos. E Paulo, como líder deles, acabou sendo julgado, condenado e decapitado em Roma.

Geralmente um cristão era acusado de dois crimes: (1) Ateísmo (acredite se quiser), pelo fato de não aceitar que o imperador fosse um deus; (2) Canibalismo. Na Última Ceia Cristo disse: “Tomai, comei; isto é o Meu corpo” (Mt 26:26). A interpretação literal das palavras do Mestre servia de argumento para essas absurdas acusações contra os cristãos.

Paulo havia encarregado Timóteo de cuidar da igreja em Éfeso, e agora escreveu-lhe pedindo que viesse a Roma com urgência – antes do inverno. Por quê? Porque no inverno não havia navegação no Mediterrâneo, por ser muito perigosa.

Se Timóteo esperasse até o inverno, teria de esperar até a primavera. E Paulo achava que não estaria vivo até lá, pois escreveu: “O tempo da minha partida é chegado” (2Tm 4:6).

Imaginamos que quando Timóteo recebeu essa carta, ele largou tudo e viajou no mesmo dia, passando por Trôade, onde apanhou os livros e a capa de Paulo, na casa de Carpo. E após vários dias de viagem chegou a Roma a tempo de ver Paulo com vida.

Há certas coisas na vida que têm de ser feitas antes do inverno. Ou nunca. Uma palavra de gratidão, de amor, um gesto de carinho, um presente. Se não for hoje, amanhã poderá ser tarde.

Um velho rabino costumava dizer: “Arrependa-se um dia antes de morrer.” “Mas não sabemos o dia de nossa morte”, respondiam os ouvintes. “Então arrependa-se hoje”, concluía ele.

Há duas razões para essa urgência. A primeira é a incerteza da vida humana. Davi, em sua última entrevista com Jônatas, disse: “Tão certo como vive o Senhor, e tu vives, Jônatas, apenas há um passo entre mim e a morte” (1Sm 20:3). Isto se aplica a cada um de nós. Só há um passo entre nós e a morte.

A segunda razão é que amanhã nossa disposição poderá mudar. O coração, tal qual o solo, tem sua estação própria para receber a semente.

Quando o Espírito Santo convida alguém a vir a Cristo, Ele nunca diz “amanhã”, mas sempre “hoje”. Hoje é o dia da salvação. Hoje, se você ouvir a voz de Deus, não endureça o coração.

Amanhã começa o inverno. Venha a Cristo hoje.