segunda-feira, 31 de maio de 2010

Como Devemos Aguardar a Volta de Cristo?



Negociai até que eu volte. Lucas 19:13


Desde que Cristo ascendeu aos céus, Seu retorno tem sido considerado iminente. O livro de Atos mostra que os cristãos primitivos esperavam que Cristo retornasse dentro de pouco tempo. As maravilhas e sinais executados pelos apóstolos (At 2:43) eram considerados sinais do breve retorno de Cristo. A única coisa que faltava era o Seu glorioso aparecimento.
À luz dessa expectativa, os discípulos acharam conveniente esperar a volta de Cristo em reuniões de oração e louvor a Deus. Eles não pensavam em organizar grupos evangelísticos para pregar o evangelho por todo o império. Também não pareciam preocupados em aumentar suas propriedades ou aperfeiçoar sua experiência vocacional. “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade” (At 2:44, 45). Tal era o senso de urgência quanto à vinda de Cristo entre os cristãos primitivos.
Algumas pessoas haviam deixado de trabalhar, e estavam vivendo às custas de irmãos diligentes, alegando que “isto era desnecessário, em vista da segunda vinda” (SDA Bible Commentary, v. 7, p. 280). O apóstolo Paulo os repreendeu dizendo: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3:10).
Atitude semelhante foi adotada pelos mileritas, que aguardaram a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844. Quando se aproximou o grande dia, eles abandonaram seus empregos e plantações, e passaram os dias restantes em reuniões de oração.
Nada há de condenável nas reuniões de oração. O problema é não fazer mais nada além disso, pois “a oração não é substituto para o trabalho”.
Aí está uma razão porque Cristo não revelou o dia da Sua vinda. Se Ele tivesse dito aos discípulos: “Eu só voltar após o ano 2000”, eles provavelmente teriam desanimado, sua pregação teria outro enfoque, e seu preparo espiritual talvez não fosse adequado. Por outro lado, se nós, hoje, soubéssemos que Ele viria dentro de algumas semanas, não faríamos o mesmo que os mileritas? Abandonaríamos trabalho, estudos, planos para o futuro, e ficaríamos aguardando em reuniões de oração o grande evento. Mas esse não é o plano de Deus.
Em Seu sermão profético, Jesus disse que as pessoas estariam trabalhando quando Ele viesse: “Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra” (Mt 24:40, 41).
Vamos trabalhar e orar até que Ele venha.

domingo, 30 de maio de 2010

Jesus virá em breve?


Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20

Há mais de 160 anos os adventistas do sétimo dia pregam e cantam: “Breve virá! Breve virá! Breve Jesus voltará!” Nós vivemos, nos movemos e existimos em torno dessa esperança.
A segunda vinda de Cristo nos faz sonhar à noite e também de dia claro, com os olhos abertos. Quantos de nós já não teremos investigado o céu azul, sem nuvens, em busca de uma nuvenzinha no Oriente! Uma nuvenzinha “aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem” (O Grande Conflito, p. 640), que irá se aproximando mais e mais até tomar conta de todo o céu, mostrando-se como o relâmpago, que ilumina o céu, do Oriente ao Ocidente.
E aqui estamos nós, mais próximos do fim do que ontem ou do que um ano atrás. Mas, quão próximos? Realmente, não sabemos.
Acredito que Deus vai permitir que o mundo continue até não haver mais qualquer esperança humana de sobrevivência em nosso planeta. Quando o caos for total em toda a Terra (ver Is 24:19, 20), quando o mundo estiver totalmente devastado e poluído, o Sol abrasando os homens, a água valendo mais do que pedras preciosas, as doenças se multiplicando sem controle, a violência se tornando insuportável, quando os mercadores e fabricantes chorarem “porque já ninguém compra a sua mercadoria” (Ap 18:11), quando os homens estiverem desmaiando de terror na expectativa do que irá acontecer – em outras palavras, quando o pecado tiver produzido os seus amargos frutos em sua plenitude, e a Terra e a humanidade tiverem chegado ao fundo do poço, então Deus vai intervir.
Então todos os habitantes do Universo contemplarão na Terra os terríveis resultados da administração de Satanás, que prometeu aos seus anjos um governo melhor do que o de Deus – um governo sem leis, onde todos pudessem fazer o que bem entendessem, sem restrições a sua liberdade.
Ao mesmo tempo, o povo remanescente de Deus deverá ter desenvolvido um caráter totalmente oposto ao dos ímpios, e semelhante ao de Cristo. E quando o contraste entre esses dois grupos chegar ao seu ponto extremo, Jesus virá.
Como o remanescente alcançará tal caráter, tal nível de santidade? Através de um reavivamento e reforma, operado pelo derramamento do Espírito Santo (verTestemunhos Seletos, v. 3, p. 345).

sábado, 29 de maio de 2010

No Princípio Deus


 Um cientista famoso (alguns dizem que foi Bertrand Russell), certa vez, fez um discurso público sobre astronomia. Ele descreveu como a terra orbita ao redor do sol e como o sol, por sua vez, orbita ao redor de uma vasta coleção de estrelas conhecidas como a nossa galáxia.
Gordon Bietz 

Introdução
Um cientista famoso (alguns dizem que foi Bertrand Russell), certa vez, fez um discurso público sobre astronomia. Ele descreveu como a terra orbita ao redor do sol e como o sol, por sua vez, orbita ao redor de uma vasta coleção de estrelas conhecidas como a nossa galáxia. No final do discurso, uma velhinha, sentada no fundo da sala se levantou e disse:
- O que você acabou de dizer é tolice. O mundo, na verdade, é um prato raso apoiado em cima de uma tartaruga gigante.
O cientista deu um sorriso arrogante antes de replicar:
- E onde a tartaruga está se apoiando?
- Você é muito esperto, meu jovem, muito esperto! – disse a velhinha, – Tem uma tartaruga embaixo da outra, até lá em baixo!
Existe uma infinidade de idéias sobre o porquê e como estamos aqui na terra. Idéias que vão de “tartaruga até lá em baixo” à criação de Deus. A história das tartarugas foi tirada do livro “A Brief History of Time” (Uma Pequena História do Tempo) escrito alguns anos atrás por Steven Hawking, o famoso físico teórico. Era uma descrição popularizada de algumas das implicações da mecânica quantum.
Na introdução do livro, Carl Sagan diz: “Este também é um livro sobre Deus… ou talvez sobre a ausência de Deus. A palavra Deus preenche estas páginas. Hawking está tentando, como declara explicitamente, compreender a mente de Deus.
As pessoas que estão explorando a existência de Deus não são apenas filósofos e teólogos, mas também cientistas. Ao repelirem as extremidades do Universo físico, chocam-se com a questão das origens.
No capítulo final do livro, Steven Hawkins repete a questão: “Nos encontramos em um mundo desorientador. Queremos fazer sentido do que vemos ao nosso redor e perguntar: Qual é a natureza do Universo? Qual é o nosso lugar nele e de onde viemos? Por que ele é do jeito que é?” p. 171
Teorias científicas como o big bang são tentativas de responder à pergunta das origens. De onde viemos? Todo aquele que tem um senso de identidade pessoal confronta a pergunta: “De onde vim?” E as conclusões alcançadas cobrem o espectro da cegonha a Deus.
A pergunta das origens é feita por criancinhas: “De onde vim, mamãe?” Dando então oportunidade para a conversa dos “passarinhos e abelhas” ou se você não estiver disposto “a conversa da cegonha”.
A pergunta “quem sou eu” e “de onde vim” tem sido feita pela humanidade desde o começo da história registrada. E muitas vozes hoje, buscam responder a essa pergunta. De Shirly McLaine, ao Mormonism, à evolução natural, à reencarnação.
A maioria das vezes que visita um parque estadual, museu, ou exposição de evidência arqueológica você é confrontado com esta questão, ao ler:
“Um milhão de anos atrás”
“Dez milhões de anos atrás”
“Quinhentos mil anos atrás” 

A Criação
Uma das crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Como abordamos a este assunto? De muitas maneiras.
1. Posso ridicularizar qualquer pessoa que acredita que veio do macaco.
Temos a tendência de ridicularizar aquilo que não somos capazes de racionalmente argumentar contra. Se você não pode responder aos argumentos, então os exponha ao ridículo.
O juiz da suprema corte americana, William R. Overton, que declarou que a lei do criacionismo de Arkansas era inconstitucional recebeu ameaças de morte e muitas cartas, uma das quais incluía a figura de um macaco, com o comentário: “pode pendurá-la em seu escritório e mostrar a todos quão orgulhoso você é dos seus familiares.”
Não é uma abordagem muito produtiva. Não leva as pessoas ou suas idéias a sério. Reflete uma pessoa que tem muito medo do que acredita.
2. Posso procurar lhe dar todo o argumento científico que encontrar para acreditar na criação.
Ex. 2a lei da termodinâmica:
- As coisas tendem à desordem em vez de ordem. (Nossa esposa pode testemunhar sobre isto).
Talvez seja uma abordagem útil, mas, na verdade não sou a pessoa qualificada para isto.
3. Posso revisar toda informação bíblica que apresenta Deus como criador. Com certeza tenho mais experiência para fazer esta apresentação.
Deus é apresentado como Criador de Gênesis ao Apocalipse. Tenho certeza que seria interessante, mas não nos ajudaria a confrontar a questão do evolucionismo.
4. Poderia relacionar problemas encontrados na teoria da evolução.
Ex.: Elos perdidos, geração espontânea, ou até mesmo matéria da não matéria, desenvolvimento de animais de sangue frio vs. Quente.
É bom ver falhas nos argumentos da oposição, mas poderia fazer com que alguns se sentissem indevidamente convencidos.
Alguns de vocês podem estar pensando que se continuar neste passo vou preencher todo o tempo do sermão falando para vocês o que não vou fazer.
Considerando que eu não sou um professor de ciências, o que prefiro fazer é:
1.       Conversar resumidamente sobre a história da ciência e religião e como se relacionam uma com a outra.
2.       Considerar o ensino da criação como uma doutrina de fé.

História
No início da história da civilização qualquer coisa não compreendida era atribuída à intervenção milagrosa de Deus ou uma força vital misteriosa atribuída a Deus. Tudo era um milagre.
O homem através de observação e experimento começou a questionar. William Harvey descobriu que o sangue circulava pelo corpo como resultado de contração muscular e foi uma grande explosão, para alguns, corroendo o poder de Deus.
A química ficou conhecida como uma das “sete artes diabólicas”, porque estava explicando a razão, a causa das coisas e então, Deus não era a causa. As pessoas eram chamadas de infiéis e ateístas quando explicavam as coisas por leis naturais.
Quando Roger Bacon, no século 13, explicou o arco-íres como resultado da refração da luz, foi condenado “por causa de certas inovações suspeitas”. Logicamente, o arco-íres era um sinal de Deus e não poderia, portanto resultar de uma lei natural.
Havia oposição quanto a colocar ….. porque estaria “tentando controlar a artilharia do céu”.
E quando Copernicus sugeriu a rotação da terra e o fato de que o sol não era o centro do Universo, o Papa Paulo V decretou que “a doutrina do movimento duplo da terra ao redor de seu eixo e ao redor do sol é falsa, e completamente contrária às Sagradas Escrituras”.
Você pode perguntar: qual texto bíblico?
Salmo 93:1 diz: “Firmou o mundo, que não vacila.”
A religião tem frequentemente caído na armadilha de afirmar mais do que a Bíblia requer.
Ex:. A terra é o centro do universo.
A Bíblia não exige esta crença. Podemos cair na mesma armadilha hoje. No início dos anos 60, alguns diziam “com autoridade bíblica” que o homem nunca chegaria à lua.
Não precisamos dizer que Adão foi criado às 9:00 AM no dia 23 de outubro de 4004 BC, como o arcebispo Usher. A Bíblia não exige isto, ou que a terra tem exatamente 6,000 anos. A Bíblia também não exige a fixidade de espécies.
Uma das razões pela qual Darwin expandiu a idéia da evolução foi porque a igreja na época tomou textos bíblicos para explicar que as espécies eram fixas. Basearam-se na declaração de Gênesis “à Sua imagem”. Darwin entrou no campo e simplesmente descobriu que não era verdade.
Devemos ser cuidadosos para não fazer a Bíblia dizer mais do que realmente diz. A Bíblia não um pedaço de literatura científica. Isto não significa que o que ela diz não é compatível com a verdadeira ciência, mas significa que não devemos exigir demais de um livro que foi escrito em uma era diferente em um idioma diferente.
A mensagem que obtemos da Bíblia não é primariamente científica, mas salvífica. Seu foco está na história da salvação.

Ciência como uma Religião
Para alguns hoje, a ciência está se tornando uma religião alternativa, um tipo de ciência humanística como um deus. A ciência dá ao homem o sentimento onipotente de ele que pode fazer qualquer coisa.
Ex: Voei para lua ontem, voarei para Marte amanhã.
A ciência genética dá o poder semelhante ao divino de produzir geneticamente alimentos projetados ajustados aos genes humanos para prevenir doenças. As múltiplas bênçãos da ciência não estão em nossos lares e escritórios.
Há uma tendência natural de dar crédito ou crença a aquilo que de modo dramático melhorou a nossa vida. Então como podemos viver como um povo de fé em um mundo científico?
A questão das origens realmente requer fé, tanto na ciência como na teologia.

O fato é, ninguém de nós estava por aqui quando tudo começou.
Quer nossas explicações sejam um lixo espacial ou uma tartaruga gigante, um big bang, um Deus criador, ou uma teoria das cordas cósmicas (superstring), todas as idéias que possamos ter não são apoiadas por evidência observacional, nem o evento pode ser duplicado em um laboratório.
A única maneira de saber o que aconteceu é pela fé. Fé tanto na teoria da tartaruga, na teoria da evolução natural, na teoria do Deus criador, o seja lá o que for. De um ou outro modo vamos pela fé.
E quanto à matemática? Não existe fé nela!
Como John Polkinhourne diz em seu livro sobre a discussão de alguns dos teoremas de Godel, “Mesmo o exercício da matemática envolve um ato de fé”. P. 25. Então eu escolho aceitar pela fé o relato da criação que lemos na Bíblia.
Salmos 33:6: “Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus.” (NVI)
Isto não quer dizer que serei cego ao que acontece no mundo da ciência, quer dizer, porém, que não vou me assentar em alfinetes e agulhas esperando para ver que impacto um laboratório descobrirá que terá sobre a minha fé em Deus.Eu me sinto desconfortável em basear minha fé em Deus como Criador em recentes argumentos científicos desenvolvidos pela Geociência, Pesquisa da Criação ou qualquer corpo científico.
Isto não quer dizer que pesquisas cuidadosas feitas por cientistas cristãos sobre evidências da criação não sejam úteis, mas quer dizer que não estou pronto a fazer com que minha fé em um Deus Criador dependa do que eles descobrem.
Vou me colocar agora em uma posição vulnerável.
O que a ciência pode descobrir que poderia destruir a minha fé em um Deus Criador. Nada!
Se eles criassem um pessoa em um tubo de ensaio e descobrissem o mecanismo para dar vida de matéria inorgânica ainda assim não provaria que o homem não foi criado por um Deus de amor. Na verdade, se uma pessoa fosse criada em um tubo de ensaio, estaria mais ou menos demonstrando um dos possíveis meios pelos quais Deus criou o homem originalmente. Não vou provar a minha fé em Deus em um laboratório.
Posso olhar para outra pessoa e ver:
Um acúmulo de átomos,
Um sistema bioquímico em interação com o meio-ambiente,
Um espécime de homo sapiens,
Um objeto de beleza,
Um irmão,
Alguém por quem Cristo morreu.
É uma pessoa completa e olho a aquela pessoa de maneira diferente em diferentes momentos.
Não podemos ser como Michael Faraday, o grande físico experimentalista do século 19. Ele era um cristão comprometido e nos é dito que quando entrava em seu laboratório, esquecia a sua religião e quando novamente saia, esquecia a sua ciência.
Não podemos separar os dois mundos da ciência e da fé. Vivemos em um mundo e a ciência e a teologia exploram diferentes aspectos dele. Existe uma realidade além das ferramentas do método científico.
Efésios 6:12 “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados
e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do
mal, nas regiões celestes.” (RA) 
Muito mais acontece no Universo do que pode ser colocado em um tubo de ensaio ou sob um microscópio. É como tentar compreender: Um mundo tridimensional quando você vive em um mundo dimensional, ou um mundo dimensional quando você vive em um mundo tridimensional.
Existem coisas que não podem ser explicadas por métodos científicos: Amor, beleza e moralidade – senso do que é certo e errado.
A fé não um passo no escuro, mas um passo na luz. É uma maneira de conhecer as coisas que não podem ser conhecidas através de uma experiência em um tubo de ensaio.

Conclusão
Você já ouviu a expressão, “Bem, você os compreenderia se soubesse de onde vieram”.
É um modo de explicar o comportamento de algumas pessoas. Está sugerindo que se você entendesse o passado deles, não seria tão rápido em julgar seu comportamento. Saber de onde você veio tem muito que ver com o modo como você se enxerga. Nada é mais importante para o senso de identidade de uma pessoa como seu senso de origem, sua família.
Quando você se conhece alguém, você normalmente pergunta de onde ele vem para ter uma noção de quem são. O lugar de onde vim tem muito que ver com quem eu sou. A doutrina da Criação é um ensinamento que me diz quem eu sou.
Certo dia, perguntei à minha filha:
- Quem é você?
- Julie, – ela disse.
- Mas quem é a Julie? – eu importunei.
- Eu, – ela disse um pouco confusa.
- Quem é você?
- Julie, – ela disse. E à medida que eu continuei a pressioná-la ela finalmente disse irritada:
- Eu sou sua filha!
Esta é quem ela é – ela é minha filha. É lá que ela encontra a sua identidade.
A doutrina da criação nos provê a nossa identidade máxima, pois encontramos nossa mais profunda herança em nossa crença em um Deus Criador.
Criado à imagem de Deus.
Quem sou eu?
Um filho de Deus.

Bênção
“Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém” (1 Timóteo 1:17, NVI).

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Consciência culpada!!!


De nenhum modo Me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades, para sempre. Hebreus 10:17

Segundo testemunhas, a rodovia I-95, no estado da Flórida, EUA, contém, a certa altura, uma placa amarela com os dizeres: “Inspeção de narcóticos logo adiante”. Não há tal inspeção, mas alguns motoristas, ao verem o aviso, entram em pânico e imediatamente fazem um retorno proibido. Então são detidos e o seu carro vasculhado.
Uma consciência culpada leva as pessoas a ver coisas que não existem e a cometer tolices e atos destrutivos. O ex-primeiro-ministro Britânico, William Gladstone, tinha, no porão de sua casa, uma coleção de açoites com os quais se flagelava regularmente. A maioria das pessoas, hoje em dia, não chega a esse ponto, mas bebe até cair ou se droga para não ter de conviver com uma consciência culpada.
O sentimento de culpa cobra caro da mente e do corpo. Leva-nos a imaginar problemas que não temos e destrói nossa autoestima. Como libertar-nos desse monstro?
Tranquilizantes não resolvem. Pensamento positivo também não, pois não tira a culpa do pecado. Se você ofendeu alguém, procure-o e peça-lhe perdão. É difícil, mas dá resultado imediato. Se pecou contra Deus, faça o mesmo: ajoelhe-se e peça-Lhe perdão. Não há outra alternativa.
O Sr. Carlos estava ao volante de seu carro, quando uma senhora amassou-lhe o paralamas com o carro dela. Ela admitiu a culpa e começou a chorar ao ver o próprio carro, com apenas dois dias de uso, amassado. Como poderia ela encarar o marido agora? O Sr. Carlos ficou com pena dela, mas lhe disse que precisavam fazer ocorrência. A mulher procurou no porta-luvas os documentos, que estavam dentro de um envelope, e ao abri-lo, encontrou um papel, com as seguintes palavras: “Querida, em caso de acidente, lembre-se de que é você que eu amo, não o carro.”
Estas são as palavras de Deus a nós. É a nós que Ele ama. E porque nos ama, Ele perdoa nossos pecados.
Um homem era dono de um Rolls Royce. Um dia, o carro teve uma falha mecânica. O homem entrou em contato com a firma onde comprara o carro e, então, um mecânico foi enviado da Inglaterra para consertar o veículo. Após esperar algumas semanas, o homem escreveu para a fábrica, na Inglaterra, pedindo a conta do conserto. E recebeu a seguinte resposta: “Não temos registro de nenhum Rolls Royce com falha mecânica.”
Se nos arrependermos e confessarmos nossos pecados, Deus nos dirá, um dia: “Não consta em nossos registros nenhum pecado seu.”

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Como mudar a natureza humana?


Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo. Ezequiel 36:26

Nenhuma religião, por melhor que seja, pode transformar a natureza do ser humano. Essa é uma atribuição exclusiva de Cristo, mas Ele só fará isso se a pessoa deixar. Vamos ver se entendemos melhor esse fato, através da seguinte ilustração:
Malcolm Smith possuía um cãozinho chamado Fred. Ele era muito engraçadinho, mas tinha um defeito: adorava morder, só de brincadeira, as pernas de qualquer pessoa que passasse pela calçada. E as pernas mais apetitosas e que ele mais gostava de morder eram as do carteiro – geralmente as preferidas por todos os cachorros. Quando o carteiro se aproximava, Fred se preparava para a sua diversão predileta.

Mas o carteiro não sentia o mesmo prazer com essa brincadeira. E reclamou para os donos. Ou eles davam um jeito no cachorro ou ele não traria mais a correspondência.
A solução encontrada pelos donos foi comprar uma focinheira para o Fred – uma espécie de mordaça, em que o cachorro consegue latir, meio de boca fechada, um latido que mais parece um resmungo, mas não consegue morder.

Com a focinheira na boca de Fred, a paz voltou a reinar naquela rua. As pessoas já podiam caminhar pela calçada em segurança. Entretanto, embora Fred tivesse se tornado inofensivo, nada havia mudado nele. Todos os dias ele se sentava bem quietinho, na calçada, cobiçando as pernas dos pedestres, especialmente as do carteiro, mas sem poder fazer nada, porque a focinheira não deixava. Os donos haviam mudado o comportamento do animal, mas não a natureza dele.
Assim acontece também com a religião: ela pode mudar o comportamento social das pessoas, mas não a natureza delas. Para haver uma transformação real e completa é essencial a ação divina no coração. A Palavra de Deus nos diz: “Dar-vos-ei coração novo, e porei em vós espírito novo” (Ez 36:26).
Para mudar a natureza do homem é necessário mudar o seu interior, o coração, e isso só Deus pode fazer. Mas é importante repetir: Ele só fará isso se nós deixarmos. “O Espírito trabalha no coração do homem de acordo com o seu desejo e consentimento, nele implantando natureza nova” (Parábolas de Jesus, p. 411).
Cristianismo nada mais é do que convivência com Deus. O restante – boas obras, bom comportamento, testemunho, é tudo consequência. Façamos de Jesus o nosso Companheiro constante. Permitamos a operação do Espírito Santo em nossa vida e Ele implantará em nós a natureza divina.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Julgando pela aparência"


Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. João 7:24

Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão já desbotado, e seu marido, trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard. Eles não haviam marcado entrevista.
A secretária, num relance, achou que aqueles caipiras do interior nada tinham a fazer em Harvard.
– Queremos falar com o presidente – disse o homem em voz baixa.
– Ele vai estar ocupado o dia todo – respondeu rispidamente a secretária.
– Nós vamos esperar.
A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.
– Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora – disse ela.
O presidente suspirou com irritação, mas concordou. Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório. Com o rosto fechado, ele foi até o casal.
– Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano – disse a mulher. – Ele amava Harvard e estava feliz aqui. Mas, um ano atrás ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.
– Minha senhora – disse rudemente o presidente –, não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu. Se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.
– Oh, não – respondeu rapidamente a senhora. – Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.
O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:
– Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard.
A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:
– Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?
O marido concordou. O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso. Viajando para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.
Não se deve julgar as pessoas pela aparência, e os mais pobres devem ser tratados com bondade.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Temperando a razão com amor


Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. 1 Coríntios 8:9

Conheci, em minha infância, o Sr. Teobaldo, que parecia sentir o desejo de mostrar publicamente que estava certo, mesmo que isso custasse a vida de alguém.
No centro de minha cidade natal havia um cinema. E quando começava a sessão da noite, a rua em frente era fechada ao tráfego. Muitos pedestres se aglomeravam então no meio da rua, formando rodinhas para conversar, e ali aguardavam a saída do cinema. Tão logo a sessão acabava, a rua era novamente aberta ao trânsito.
Muitos pedestres, porém, continuavam conversando no meio da rua, distraídos. Nessas circunstâncias, vi várias vezes o Sr. Teobaldo, fazendo do seu carro uma arma, arremeter contra a multidão distraída. Os pedestres pulavam para os lados, atropelando-se para não serem atropelados, e gesticulando furiosos para o Seu Teobaldo, que abria alas na multidão, com o pé no acelerador e a mão na buzina.
Ele parecia pensar: “Eu estou no meu direito. A rua está aberta, e se eles não saírem da frente, eu passo por cima!”
Este é o perigo de ter razão: o de estar disposto a passar por cima dos outros. É provável que quanto maior for o desejo de mostrar que estamos com a razão, menor seja a nossa compaixão, a consideração que devemos ter pelos outros, mesmo com aqueles que estão errados.
O cristão deve estar disposto até a ser crucificado de cabeça para baixo para não transigir com os princípios. Nisto ele não pode ceder. Por outro lado, deve fugir de discussões tolas, em torno de ninharias. Nesses casos, é melhor ceder logo, mesmo tendo razão.
Os levitas, sacerdotes e profetas estavam isentos de pagar o imposto para a manutenção do Templo. Como profeta, Jesus não era obrigado a pagá-lo. “Mas, para que não os escandalizemos”, disse Jesus a Pedro, “vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o, e entrega-lhes por mim e por ti” (Mt 17:27). Jesus não perdeu tempo discutindo com os coletores do Templo, e provando-lhes que estava isento. Pagou o imposto e pronto.
O apóstolo Paulo sabia que não tinha a menor importância comer alimentos sacrificados aos ídolos. Ele podia comê-los com a consciência tranquila. Mas não usou sua liberdade para ferir as pessoas ou servir de tropeço para os fracos.
É bom estar certo. Mas que isto não seja uma parede de separação entre nós e os outros.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quem se lembrará de nós?


Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, Eu, todavia, não Me esquecerei de ti. Isaías 49:15

Um dia descobri no livro “O Biênio 1824/25 da Imigração e Colonização Alemã no Rio Grande do Sul”, de Carlos H. Hunsche, que o primeiro antepassado meu a pisar em solo brasileiro, se chamava Cristiano Henrique Scheffel e chegou a São Leopoldo, RS, em 26 de novembro de 1825.
Fiquei contente por saber um pouco mais sobre minhas origens, pois geralmente só conhecemos pais, avós, e quando muito, bisavós. Conhecer tetravós é mais raro, e dali para trás, só nos tempos do Antigo Testamento, quando as pessoas viviam mais do que hoje. Adão instruiu sua posteridade até a nona geração (Patriarcas e Profetas, p. 82).
Das pessoas que viveram neste mundo a maioria desapareceu sem deixar vestígio. A sua memória “jaz no esquecimento”, pois os historiadores só registram os nomes daqueles que fizeram algo notável, para o bem ou para o mal. Muitos assassinos ocupam um lugar na História, embora seja melhor ser esquecido do que lembrado como criminoso. Quem hoje se orgulharia de ser parente de Hitler?
Os personagens bíblicos se preocupavam em deixar um bom nome à sua posteridade. Os construtores da torre de Babel quiseram tornar célebre o seu nome (Gn 11:4). O sábio Salomão disse que “mais vale o bom nome do que as muitas riquezas” (Pv 22:1). O povo de Israel considerava uma tragédia que o nome de uma família ficasse esquecido, e formularam leis especiais, como a lei do levirato, para evitar que isso acontecesse (Dt 25:5-10).
Deus também não quer que nos esqueçamos de nossa origem, e essa é uma das razões por que instruiu Lucas a incluir em seu evangelho a genealogia de Jesus Cristo, que termina com as magníficas palavras: “Cainã, filho de Enos, Enos, filho de Sete, e este, filho de Adão, filho de Deus” (Lc 3:38). Sem dúvida, uma linhagem bem mais honrosa do que seria: “Adão, filho de um antropoide, filho de um chimpanzé, filho de um anfíbio, filho de um molusco, filho de uma ameba.”
Quem se lembrará de nós? Aquele que “chama pelo nome as Suas próprias ovelhas” (Jo 10:3), o mesmo que escreveu nosso nome no Livro da Vida. Só Ele poderá tornar o nosso nome célebre e inesquecível.
Lembremo-nos dEle, e Ele Se lembrará de nós.